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O procurador Bruno Resende Rabello, acusado de ofender e cuspir em uma funcionária do cinema do Diamond Mall, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na semana passada, divulgou um vídeo com um pedido de desculpas quase 10 dias após o ocorrido. Além disso, os advogados do autor e da vítima chegaram a um acordo para ‘reparação pelos danos’. O procurador da Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG) é alvo de uma sindicância administrativa.
Na gravação. Bruno classifica seu próprio comportamento como ‘inadmissível, inaceitável, nojento’ e disse que perdeu uma noite de sono pensando em como poderia se redimir. ‘Eu não sabia de imagem gravada, não sabia que isso ia ter repercussão midiática’, disse o procurador.
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Advogados fazem acordo
Em uma nota conjunta divulgada nesta semana, os advogados de Bruno Resende Rabello e da funcionária do cinema informaram que, ‘após a agressão sofrida de forma injustificável e noticiada pela mídia na semana passada’, as duas partes chegaram a uma ‘solução consensual’ que consistiu em um pedido de perdão, que foi aceito pela vítima, e em uma ‘reparação pelos danos que lhe foram causados’. O valor dessa reparação não foi divulgado, mas, segundo a Lorena Ribeiro Cassimiro, a indenização foi de valor ‘considerável’.
À Itatiaia, a advogada Lorena Ribeiro Cassimiro informou que o vídeo faz parte de uma autocomposição entre as partes, ou seja, a resolução consensual de um conflito sem chegar as vias judiciais. A advogada evitou classificar a solução como um acordo e afirmo que o advogado do procurador foi muito cauteloso e entendeu a dor da vítima.
‘Em nenhum momento o advogado passou a mão na cabeça do procurador. Nós realizamos o termo. Ele nos deu carta branca para eu colocar nesse termo o que fosse justo e não vingativo. Eu vejo que a resposta pelo delito cometido pelo Bruno veio muito rápida. Eu gostaria muito que todas as pessoas que são vítimas de algum tipo de agressão também obtivessem essa resposta tão rápida’.
Procurador cospe em funcionária de cinema
O caso aconteceu no dia 8 de julho. De acordo com o relato da vítima, Bruno Resende Rabello chegou na recepção do cinema esmurrando a bancada e gritando que ‘queria a sua pipoca’. Após receber o pacote, ele continuou gritando que ela deveria ‘entregar o refil de pipoca na sala de cinema naquele momento’. A mulher explicou que aquele não era o procedimento da empresa e, neste momento, o homem começou a filmar a funcionária e dizer que ela era ‘obrigada a fazer o que ele mandava’.
Bruno ainda teria chamado a funcionária de incompetente, cuspido na cara dela e tentado agredi-la três vezes, indo embora antes da chegada dos militares. As imagens da câmera de segurança foram repassadas à polícia, assim como o CPF do procurador, que ficou registrado no caixa.
Rádio Itatiaia