Assassino confesso de advogada aproveitou obra em muro para sepultar corpo em pé

Foto: Reprodução/Redes sociais

O técnico de informática Lourival Correa Netto Fatica confessou ter matado, sepultado e concretado o corpo da advogada e estudante de psicologia Anic Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, na garagem da própria casa dele.

Segundo o delegado Nei Loureiro, que assumiu o caso esta semana, ele teria aproveitado a sapatada do muro de reforma do espaço para esconder o cadáver no imóvel, no bairro Panorama, área residencial de classe média de Teresópolis, na Região Serrana do Rio.

Após quatro horas e meia de buscas, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros encontraram o corpo no local indicado pelo principal suspeito do assassinato.

A confissão do crime e a indicação do local foram dadas em depoimento na 2ª Vara Criminal de Petrópolis. Preso desde abril como principal suspeito do desaparecimento, ele assumiu que o corpo estaria envolvido em plástico e concretado em parte da sapata da construção da garagem.

— É uma garagem da residência dele. Ele fez uma sapata porque supostamente o muro estava caindo, então ele fez uma sapata para reforçar o muro e aproveitou essa sapata para colocar o corpo. Jogou ela lá dentro e completou depois. Tem um pedaço até a cintura de areia de barro e da cintura para cima está com concreto, por isso a retirada teve que ser bem devagar e sem máquina pesada, porque a gente tem que preservar o corpo também — explica o delegado Nei Loureiro.

Para a delegada Cristiana Bento, que era a responsável pelo caso até esta semana, “a ganância e a impunidade que motivaram o crime”. As buscas começaram às 15h da última quarta-feira e se encerraram às 19h30.

— Contamos com perícia e Corpo de Bombeiros para fazer o trabalho. Foi usada uma britadeira (para encontrar o cadáver), mas só foi cavado próximo e não exatamente no local porque queremos verificar como está o corpo dela e para não arriscar danificar.

Além de Lourival, estão envolvidos no caso os filhos Maria Luiza Fadiga e Henrique Fadiga e Rebecca Azevedo dos Santos, mulher que também mantinha relacionamento com Lourival. Em nota, a defesa de Rebecca afirma que ela desconhecia a participação do suspeito na ocultação do cadáver.

“A própria autoridade policial, ao expor informações à mídia, apresentou uma mensagem de Rebeca mencionando “cinzas”. Essa mensagem, no entanto, apenas reforça sua completa falta de conhecimento, uma vez que a Anic não morreu queimada, como soubemos hoje através da busca na casa de Lourival”, destaca.

O Globo

 

 

 

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