Foto / Divulgação / Silas Malafaia
Com o objetivo de emplacar um processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a oposição ao governo Lula (PT) articula um ato na Avenida Paulista no próximo dia 7 de setembro.
A manifestação é organizada pelo pastor Silas Malafaia e convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A data, exaltada pelos bolsonaristas, é a mesma que resultou em um dos processos de inelegibilidade de Bolsonaro.
O ato deste ano ganhou força entre apoiadores de Bolsonaro após reportagens do jornal Folha de S. Paulo mostrarem conversas de assessores de Moraes que indicariam uma possível atuação fora dos ritos durante o período em que o magistrado ocupou, simultaneamente, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral e o STF. Moraes nega que haja irregularidades e diz que os procedimentos foram todos protocolados e oficializados.
A organização espera a participação de ao menos 50 deputados, 8 senadores e ex-ministros como da Saúde, Eduardo Pazuello (PL-RJ), do Turismo, Gilson Machado (PL-PE), e da Cidadania, João Roma (PL-BA).
Na avaliação feita à coluna por parlamentares que ajudam na organização, o bloqueio do X, antigo Twitter, inflamou a base para comparecer à manifestação e pressionar por um pedido de impeachment no Senado.
Na noite desta quarta, 4, Bolsonaro fez uma publicação no Instagram em que listou pontos das decisões de Moraes sobre o X e a Starlink, a prisão de aliados em investigações criminais e de matérias da Folha de S. Paulo considerando que são “graves retrocessos à liberdade”. Ele terminou dizendo que “quando a censura prévia é normalizada, perdemos nossa liberdade” e fez um “chamamento” para os atos do próximo sábado, 7.
Bolsonaro já havia convocado manifestantes em um vídeo publicado nas suas redes sociais na semana passada, no qual disse que o ato é “suprapartidário” e em defesa da “democracia” e “liberdade”. Ele não citou o STF e o ministro Alexandre de Moraes.
“De nada vale falarmos ou comemorarmos independência, se não temos liberdade […]. Queremos dar um recado para o Brasil e para o mundo do que estamos sofrendo. Queremos anistia para os presos políticos”, disse em referência aos seus apoiadores condenados pelos ataques golpistas de 8/1 de 2023.
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