Foto: Yasmin Braga/g1 e Reprodução/Redes Sociais
O caso do comerciante Igor Peretto, encontrado morto com sinais de facadas em um apartamento em Praia Grande (SP), ganhou repercussão nacional.
A Polícia Civil investiga três pessoas: Rafaela Costa da Silva, viúva do homem, Marcelly Peretto, irmã dele, e Mario Vitorino da Silva, cunhado e amigo dele. As duas mulheres foram presas, mas o homem segue foragido.
A história ganhou novos capítulos após o advogado de Rafaela afirmar que, antes da cliente se entregar à polícia, ela fugiu de Praia Grande (SP) porque o marido, Igor Peretto, havia descoberto a traição com o concunhado dela, Mario Vitorino.
O profissional afirmou que, no dia do crime, a cliente saiu do apartamento antes da chegada de Igor, pois ficou com medo da reação do companheiro que havia descoberto um caso entre ela e Mario.
1 – Morte de Igor
O caso aconteceu na noite de 31 de agosto, dentro do apartamento da irmã dele, em um prédio localizado na Avenida Paris, no bairro Canto do Forte. Policiais militares foram acionados para uma ocorrência de desentendimento, por volta das 7h30.
No local, os agentes foram atendidos pela síndica do condomínio. Com a ajuda de um chaveiro, solicitado pela síndica, a porta foi aberta e eles notaram sinais de sangue no corredor.
O imóvel estava revirado, indicando que houve luta corporal, além de marcas de sangue, conforme informaram os agentes. Uma faca com sangue, encontrada no banheiro, foi apreendida e encaminhada à perícia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte da vítima.
2 – Noite do crime
Aos policiais militares, a síndica do prédio, que não teve o nome divulgado, disse ter tocado várias vezes a campainha do apartamento da irmã de Igor Peretto, após ouvir barulho e gritos, mas ressaltou que não foi atendida.
A síndica acrescentou aos agentes que, diante disso, olhou as câmeras de monitoramento do edifício. Ela afirmou ter identificado que, por volta das 4h37, a irmã de Igor, Marcelly Peretto, chegou ao imóvel acompanhada da esposa dele, Rafaela Costa.
Ainda de acordo com o relato da mulher, por volta das 5h40, Mario e Igor chegaram ao local e solicitaram ao porteiro da noite autorização para entrada no condomínio, que teria sido negada. Os dois só acessaram o prédio após a liberação da irmã de Igor, a dona do apartamento.
De acordo com o boletim de ocorrência, após o crime, os policiais revistaram o apartamento em busca da esposa de Igor, mas ela não foi encontrada, nem Marcelly e Mario.
Rafaela Costa da Silva, viúva de Igor, e Marcelly Peretto, irmã dele, foram presas temporariamente por 30 dias, na última sexta-feira (6). As duas se entregaram na delegacia.
A viúva do comerciante estava foragida desde a última terça-feira (3), quando teve a detenção decretada pela Justiça. A irmã da vítima havia se apresentado na segunda-feira (2), mas retornou à delegacia para se entregar após também ter um mandado de prisão expedido contra ela.
O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, afirmou que a cliente não soube que Igor tinha sido morto quando fugiu de Praia Grande (SP) em direção a São Paulo, pois pensou que ele havia sido dopado por Mario.
“Ela recebeu uma ligação do autor do crime [Mario] dizendo que teriam dopado efetivamente ele e não que teriam matado”, explicou o advogado.
Já o advogado de Marcelly, Leandro Weissman, afirmou na data da prisão que não teve integral acesso às provas e relembrou que a cliente se apresentou espontaneamente na última segunda-feira (2).
“Ela a todo momento informa que é inocente e assim vai permanecer. Ela afirma que não teve qualquer participação”, disse Leandro, em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada da Globo.
5 – Suposta traição
A informação sobre asuposta traição de Rafaela, viúva de Igor, com o concunhado, Mario Vitorino, foi divulgada pelo advogado dela, Marcelo Cruz.
O profissional afirmou que, no dia do crime, a cliente saiu do apartamento antes da chegada de Igor, pois ficou com medo da reação do companheiro que havia descoberto um caso entre ela e Mario.
“Ela infelizmente confessa que houve um adultério, muito embora estivesse relativamente separada dele [Igor]. Mas o ponto principal é que, lamentavelmente, a vítima pegou uma ligação que ela [Rafaela] tinha feito para o autor do crime [Mario] e, em face disso, desencadeou a confusão dentro da residência. Mas, ela não participou de nenhum ato dentro daquela residência”, explicou Marcelo Cruz.
g1/Santos/Região