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A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em Natal, na manhã desta quarta-feira (18), dentro da operação Nelumbo Nucifera, que investiga uma empresa por captação irregular de recursos e lavagem de dinheiro.
Segundo a corporação, as investigações revelaram um esquema em que os responsáveis por uma empresa, juntamente com outras entidades associadas, promoveram “investimentos ilusórios”, causando prejuízos a vários investidores.
“O mandado de busca foi cumprido na residência de um casal suspeito de ser a figura central do esquema fraudulento. De acordo com as investigações, eles atraíam investidores para operações no mercado Forex, um espaço financeiro onde se pode trocar moedas a qualquer momento com o objetivo de lucrar com as mudanças nos valores cambiais”, informou a PF.
Segundo a corporação, o casal também usava páginas na internet e redes sociais para promover investimentos em ações, índices, commodities e derivativos.
Seguindo orientações de representantes de uma plataforma estrangeira, os investidores foram levados a instalar aplicativos específicos e a transferir dinheiro para a empresa.
Porém, posteriormente, esses recursos eram declarados como perdidos, supostamente por “erros” na utilização dos aplicativos de investimento.
Ainda durante as investigações, os policiais também descobriram que o casal utilizava endereços comerciais falsificados em Natal e Parnamirim, para registrar suas operações, além de mudar frequentemente de domicílio, como parte de uma estratégia para fugir da vigilância e manter a operação em andamento.
Segundo a PF, a busca desta sexta (18) teve como objetivo apreender documentos e evidências eletrônicas que possam revelar mais profundamente a mecânica da operação fraudulenta e recuperar ativos para as vítimas enganadas.
O nome da operação, “Nelumbo Nucifera”, é uma referência à flor de lótus, que, embora bela, emerge de águas lodosas. “Esta analogia simboliza a natureza do esquema investigado: operações que, à primeira vista, parecem atraentes e lucrativas, mas são profundamente enraizadas em práticas ilícitas”, disse a PF.
g1/RN