Urgente: Ministra do governo Lula relata assédio sofrido por ministro da igualdade racial

Foto: Reprodução

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou a diversos integrantes do governo que havia sido assediada sexualmente pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Procurada pela coluna em junho, Anielle não confirmou nem negou o episódio, impedindo que o caso viesse a público já naquela época.

De acordo com seus interlocutores, a ministra não queria transformar o caso em um escândalo público para não prejudicar o governo Lula. Ela foi procurada por mais de um jornalista no período, mas preferiu guardar silêncio e não formalizou a denúncia.

A coluna voltou a procurar a assessoria de Anielle na quarta (4), e a resposta foi a de que a ministra não falou —e não falaria com nenhum veículo de imprensa, nem para negar, nem para confirmar os relatos que fez a outros colegas do governo.

Aliados de Silvio Almeida desmentem a informação de que ele teria assediado a ministra, e afirmam que o ministro tem sofrido uma perseguição implacável de integrantes do próprio governo Lula, especialmente de grupos que almejam derrubá-lo do cargo.

Nesta quinta (5), o portal Metrópoles publicou uma reportagem afirmando que o Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, foi procurado por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro.

O portal citou também o suposto assédio contra Anielle Franco, trazendo a público a narrativa da ministra que até então estava restrita a seus colegas de ministério. O assédio incluiria toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la e expressões de conteúdo sexual. O portal afirma que ouviu o relato de ministros, assessores do governo e amigos da ministra, num total de 14 pessoas.

De acordo com a reportagem, o Me Too confirmou que recebeu denúncias, mas optou por preservar o nome das vítimas.

Depois da publicação, a organização divulgou uma nota confirmando que recebeu relatos de assédio contra Silvio Almeida. Mas não citou o nome das mulheres que a procuraram para fazer as denúncias.

Folha de São Paulo

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