Viagem de Janja ao Catar mobilizou pelo menos 12 assessores e policiais e custou mais de R$ 280 mil

Foto: Reprodução

A viagem da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ao Catar custou pelo menos R$ 283,3 mil. Janja esteve em Doha no começo deste mês a convite da sheika do Catar, Mozha bin Nasser al-Missned, para um evento sobre educação. Ela levou consigo ao menos quatro assessores e mais oito policiais federais, que fizeram a segurança da primeira-dama. Compradas em cima da hora, as passagens dos policiais federais chegaram a custar até R$ 31,4 mil. Procuradas, as assessorias da Polícia Federal e da primeira-dama não se manifestaram.

Documento da PF obtido pelo Estadão mostra o deslocamento de oito policiais para atender Janja durante a viagem, com custo total de R$ 230.552,00, entre passagens e diárias. O grupo foi composto por uma delegada da PF, um escrivão e seis agentes da corporação. As diárias somaram R$ 42,2 mil, variando entre R$ 6,3 mil e R$ 4,2 mil, conforme a quantidade de dias de cada agente no exterior. Já as passagens custaram entre R$ 15,1 mil e R$ 31,4 mil – o gasto total foi de R$ 186,2 mil.

O documento interno da PF mostra ainda que as passagens foram compradas com pouca antecedência, fora do prazo mínimo estabelecido por uma portaria do Ministerio da Justiça de 2018. No documento, a agente da PF responsável justifica a compra em cima da hora pelo fato “de o convite ter sido encaminhado pela organização do evento apenas em 6 de setembro de 2024”, mesma data da viagem.

A explicação é contraditória com o fato de que a PF enviou um agente já no dia 03 deste mês, para realizar “atividades de precursoria e reconhecimentos” em Doha no dia 05. O agente que viajou no dia 03 assinou um termo de responsabilidade em 30 de agosto, sugerindo que as passagens foram compradas com poucos dias de antecedência.

Estadão

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