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O brasileiro Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, foi vítima de tráfico humano na Ásia e vive uma rotina de 16 horas de trabalho forçado. Uma matéria publicada em outubro pelo Intercept Brasil (@theinterceptbrasil) revela que o jovem morava há alguns meses na Tailândia quando recebeu uma proposta de emprego na área de atendimento ao cliente no oeste do país. O salário anunciado era de US$ 1,5 mil, aproximadamente R$ 9,1 mil na cotação atual. A empresa teria sede em Mae Sot, que faz fronteira com o Mianmar.
Em 7 de outubro, um representante buscou o brasileiro para levá-lo à companhia. Porém, no caminho, Luckas percebeu que algo estava errado e entrou em contato com um amigo. “Parece tráfico”, disse em uma das mensagens. Em outra, o jovem chegou a pedir que ele chamasse a polícia. Luckas também conseguiu se comunicar com a mãe, Cleide Viana, afirmando que não estava tudo bem. Nas semanas seguintes, ele enviou recados esporádicos ao amigo pedindo que ele não respondesse. “Eu quero ir embora ou morrer”, disse o rapaz.
De acordo com uma reportagem do UOL publicada nesta segunda-feira (16), a família está há cerca de um mês sem contato ou notícias de Luckas. Sua última localização foi em uma cidade em Mianmar, que faz fronteira com a Tailândia. Uma prima do brasileiro afirmou à reportagem que ele foi traficado para aplicar golpes em estrangeiros. Ele revelou ao amigo que sofria abusos físicos, incluindo choques. Ao UOL, o Itamaraty afirmou que o caso tem sido acompanhado “por meio das Embaixadas do Brasil em Bangkok e em Yangon” e que “está em contato com as autoridades locais competentes e presta assistência consular aos familiares”.
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