Foto: Ricardo Stuckert
Trazido pelas mulheres dos colonizadores portugueses da Ilha da Madeira no início do século XVIII, o bordado do Seridó está cada vez mais em alta. E recentemente foi reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do RN pelo governo estadual, que sancionou a lei fruto do projeto de iniciativa da deputada Isolda Dantas (PT).
Se antes ele era um ofício das moças prendadas, há tempos vem se fortalecendo como um dos grandes responsáveis pela principal renda de muitas famílias, especialmente no Seridó.
“Além de fonte de renda, a prática das bordadeiras vem ressignificando a tradição artesanal, transformando o bordado em um dos símbolos identitários da região”, destaca a deputada.
Tornar-se patrimônio de fato e de direito é uma valorização que vem se somar a outras iniciativas. Alguns episódios recentes mudaram para sempre, positivamente falando, a história dos artesãos que sobrevivem da atividade. Um deles foi o selo de Indicação Geográfica (IG), em 2020, na categoria indicação de procedência, aos Bordados de Caicó, aqueles produzidos na cidade e mais em outros 11 municípios do Seridó com tradição na arte de bordar.
Outro episódio, que levou os holofotes do País para as bordadeiras, foi com o vestido usado no casamento da primeira dama Janja da Silva, totalmente confeccionado pelas talentosas mãos das bordadeiras seridoenses radicadas em Timbaúba dos Batistas.