“Meu marido esta sendo perseguido”, diz Michele antes de embarcar rumo a posse de Donald Trump

 

Foto: Reprodução

 Impedido de sair do país, o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhou a mulher, Michelle Bolsonaro, até o aeroporto de Brasília, onde ela embarcará para participar da cerimônia de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, na segunda-feira.

Antes de embarcar, Michelle Bolsonaro falou com jornalistas no aeroporto de Brasília.

“Deus vai ter misericórdia da nossa nacão. Meu marido está sendo perseguido. Mas, assim como aqueles que Deus envia, serão perseguidos”, disse ao lado do ex-presidente.

Bolsonaro chorou ao falar da impossibilidade de participar do evento, afirmou estar “abalado” e disse ser “perseguido”.

— Obviamente seria muito bom a minha ida lá. O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, abalado ainda, mas eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa

Com o passaporte retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro não poderá comparecer ao evento, para o qual diz ter sido convidado, e disse que a ex-primeira-dama o representará.

O ex-presidente afirmou que se sente um “preso político”, apesar de não usar tornozeleira eletrônica. Em seguida, em referência indireta ao ministro Alexandre de Moraes, afirmou que espera que “a sua excelência não queira colocar” para “humilhar de vez”. Bolsonaro afirmou ainda que tinha organizado encontros com chefe de estado.

— Eu sou preso politico, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a sua excelencia nao queira colocar em mim para humilhar de vez uma tornozeleira eletrônica. To sim constrangido. Queria estar acompanhando minha esposa. Quem vai acompanhar vai ser meu filho Eduardo e a esposa dele. Eu queria estar lá. Eu pré-acertei encontro com chefes de estado via Eduardo Bolsonaro. Lamentavelmente, não vou poder comparecer.

Bolsonaro ainda afirmou que o convite feito por Trump para a posse significa que o presidente americano tem “certeza de que pode contribuir com a democracia do Brasil”, “afastando” sua inelegibilidade política. Ele não deu detalhes.

— Gostaria de apertar a mão dele, conversar, entendo a grandiosidade do momento, as pessoas importantes que teriam para conversar, mas com toda certeza se ele me convidou ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando inelegibilidades políticas, como as duas minhas que eu tive.

 Metrópoles/O Globo

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