Cid em delação: Michelle instigava Bolsonaro a dar golpe de Estado; Flávio era ‘terminantemente’ contra tentativa golpista

Foto: Reprodução

Em delação premiada firmada em 2024 pela Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid deu detalhes sobre o planejamento do golpe de Estado que estava em curso no governo Bolsonaro. O sigilo da delação foi derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quarta-feira (19).

Segundo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, então primeira-dama, fazia parte de grupo mais radical do governo e instigava o ex-presidente a dar um golpe de Estado. Que Bolsonaro tinha o apoio do povo e também dos CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

Michelle não está na lista de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão apresentou ao Supremo uma denúncia formal contra Jair Bolsonaro e um grupo de aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas.

Ainda conforme delação de Mauro Cid, o senador Flávio Bolsonaro – filho de Bolsonaro -, Ciro Nogueira – à época, ministro da Casa Civil – e o então advogado-geral da União, Bruno Bianco, integravam grupo político que rodeava Bolsonaro e que era “terminantemente” contra uma tentativa de golpe de Estado.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou à PF que havia um grupo bem conservador, de linha política, que aconselhava o presidente a mandar o povo para casa, em referência aos apoiadores de Bolsonaro que estavam acampados na porta de quartéis após o resultado das eleições de 2022.

Globo News

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