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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes citou a filha de 19 anos do tenente-coronel Mauro Cid, a esposa e o pai do militar antes de interrogar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Cid prestava esclarecimentos sobre o conteúdo de informações prestadas no acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal (PF).
Falando diretamente com Mauro Cid, Alexandre de Moraes o alertou sobre as consequências da quebra do acordo de colaboração. E ressaltou que a família do militar poderia ser envolvida nas investigações.
“A fim de possibilitar uma reflexão maior do colaborador, com seus advogados, para que esclareçam omissões e contradições na sua colaboração, sob pena não só da decretação de prisão, como também da cessação e da consequente rescisão da colaboração”, disse o ministro do STF.
“Eventual rescisão englobará inclusive a continuidade das investigações e a responsabilização do pai do investigado, de sua esposa e de sua filha maior” avisou. Em seguida, Moraes perguntou a Cid se o militar estava ciente das consequências da anulação da delação premiada.
“Sim, senhor”, , respondeu o ex-assessor de Bolsonaro. As contradições apontadas pela PF no depoimento de Mauro Cid se referiam principalmente às reuniões ocorridas na casa do ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, quando, segundo as investigações, teriam sido planejadas ações para o suposto golpe de Estado, entre elas, o assassinato do presidente Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e do próprio ministro Alexandre de Moraes.
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