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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acredita que virou alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por denunciar os abusos da Corte nos Estados Unidos. Ele está há dias naquele país, onde se encontrou com empresários, jornalistas e congressistas.
No último sábado, 1°, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de análise sobre a retenção do passaporte do deputado. As acusações contra Eduardo incluem conspiração contra o Brasil através de articulações internacionais, coação no curso do processo, atentado à soberania nacional e obstrução de investigação de organização criminosa.
Em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, realizada nesta segunda-feira, 3, Eduardo afirmou que Moraes deve ser um dos principais nomes a sofrer sanções dos norte-americanos. Isso poderá ocorrer por meio da Lei Magnitsky, que autoriza os EUA a punir pessoas que considerem ter violado direitos humanos.
“Ele não poderá sequer abrir uma conta bancária nem entrar nos EUA”, disse Eduardo, ao explicar o que aconteceria se houvesse uma punição a Moraes.
Enquanto a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro ainda é incerta, o Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos aprovou, na última quarta-feira, 26, um projeto que pode barrar a entrada de Moraes no país. O texto ainda precisa ser votado pelo plenário, com maioria de deputados republicanos.
Como justificativa, os republicanos destacaram que, em abril de 2024, Moraes ordenou que empresas norte-americanas suspendessem ou removessem mais de 150 contas das redes sociais – incluindo contas de residentes e jornalistas dos EUA. Se não o fizessem, enfrentariam multas pesadas.
Revista Oeste