Estudantes criam caneta que detecta drogas em bebidas para prevenir golpe ‘boa noite, Cinderela’

Foto: Acervo Pessoal/Reprodução

Um grupo de cinco estudantes de uma escola pública do Ceará desenvolveram um dispositivo para prevenir o golpe popularmente conhecido como “boa noite, Cinderela”.

Com o uso de uma caneta, a Drug Test Pen, a mulher pode identificar se uma bebida foi adulterada com benzodiazepínicos. O projeto foi feito para a feira científica da escola, que tinha como tema “Mulheres e Ciências: Caminhos para a Equidade de Gênero”.

Hoje no 3º ano do Ensino Médio, as alunas da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) José Maria Falcão, de Pacajus, pesquisaram quais substâncias são utilizadas no golpe, que consiste em dopar a vítima para, em seguida, roubá-la ou violentá-la. Após selecionarem os benzodiazepínicos — medicamentos hipnóticos e ansiolíticos —, elas buscaram um reagente colorimétrico não tóxico que interagisse de forma positiva com eles, apresentando mudanças fáceis de serem detectadas após o contato.

Com diversos testes, o grupo chegou a uma formulação eficaz e segura. Basta utilizar a caneta para traçar uma linha em um papel filtro ou guardanapo e pingar algumas gotas da bebida: caso apareçam pontos pretos na superfície, significa que há substâncias dopantes no líquido. O resultado aparece em cerca de 10 segundos, e a caneta pode ser reutilizada.

A equipe é composta pelas estudantes Ana Clara Torres do Vale, Ana Letícia Sousa de Oliveira, Bianca Emanuelle da Silva Lino, Maria de Fátima Rodrigues Xavier Soares e Mariana Severiano Menezes. A orientação foi da professora Elly Hanna de Lima Sobrinho. Neste mês, elas vão apresentar o projeto na 23ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo.

Diário do Nordeste

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