A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou ao Japão uma semana antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sem que a ida fosse divulgada, e virou alvo de críticas da oposição.
Janja está no Japão desde 18 de março. Lula, por sua vez, só chegou ao país asiático na segunda-feira 24 de março.
Em entrevista à BBC News Brasil, Janja disse que “nunca houve falta de transparência” e afirmou que economizou em passagem aérea e hospedagem.
“Obviamente, eu vim com a equipe precursora, inclusive, para economizar passagem aérea. Vim um pouco antes, fiquei hospedada na residência do embaixador”, afirmou.
Vestindo jeans e tênis amarelos de uma marca japonesa, Janja conversou com o veículo por cerca de 15 minutos, em uma sala do Hotel Imperial, em Tóquio, onde a comitiva brasileira está hospedada.
Durante a entrevista, a primeira-dama também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que será candidato em 2026 se estiver bem de saúde – e complementou dizendo que a saúde dele está “muito forte”.
Quando a BBC News Brasil perguntou sobre a expectativa de votação no Supremo que pode tornar Bolsonaro réu, na entrevista feita poucas horas do início do julgamento, Janja interrompeu:
“Sobre isso, queria não comentar, não queria comentar sobre a questão do julgamento, porque eu acho que é uma questão do STF, jurídica, do processo. Vamos deixar ver o que vai acontecer hoje. Acho que se tinha alguma coisa que eu podia contribuir, eu fiz no dia 8 de janeiro”, afirmou.
BBC News/Leo Dias