Foto: Brunno Rocha/Inter TV Cabugi
Pacientes esperaram por pelo menos 5 horas para serem atendidos na Unidade de Pronto-Atendimento do Potengi (UPA Potengi), na Zona Norte de Natal, nesta segunda-feira (7).
Quem aguardava por atendimento denunciou, além da demora, superlotação tanto na recepção quanto nos corredores da unidade, além de falta de profissionais e de infraestrutura, com equipamentos e até torneiras quebradas.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal informou que nesta segunda foi registrada uma demanda maior para atendimentos de pacientes “que apresentam casos menos graves, como síndromes gripais; arboviroses (como dengue, Zika e Chikungunya) e outras patologias não urgentes”.
Segundo a SMS, “somados aos atendimentos de casos de urgência e emergência, acarretou em um tempo de espera maior para os pacientes não urgentes”.
A dona de Ana Lúcia da Silva ficou das 10h às 16h para conseguir ser atendida. “Está muito lotado, demorei bastante pra ser atendida”, disse.
“Só tinha uma enfermeira pra atender a todo mundo e fazer curativos na outra sala, então demorou bastante”, reforçou a também dona de casa Ana Carolina da Silva.
O idoso José Sabino chegou às 9h e até 15h ainda não havia concluído o atendimento – ele aguardava retorno à sala do médico.
“A gente chega lá dentro e dizem: ‘espere mais meia hora, espere mais 40 minutos’. E aqui a gente sofrendo, ele debilitado, sem comer, não tem uma cadeira pra se sentar, não tem um conforto pra nada”, disse Lucimar Gomes, que acompanhava José Sabino.
Já a dona de casa Germínia Bezerra estava com um irmão, de 26 anos de idade, com microcefalia, internado há mais de 24 horas na unidade. Eles precisaram ir para o corredor.
“Estou desde ontem com meu irmão em convulsão, sem parar, 24 horas. Ele estava na sala de estabilidade e tiraram ele de lá pra colocar um mais urgente do que ele. E colocaram no meio do corredor, com muita gente, está superlotado”, disse.
Segundo a direção, a demora no atendimento nesta segunda-feira foi devido à falta de proifissionais no quadro da unidade.
A artesã Sandra Carla Garcia disse ainda que alguns exames não estão sendo realizados.
“Há tempos que o raio-x está quebrado. Desde janeiro que eu venho pra cá. No dia que eu fui pro Santa Catarina é que bateu um raio-x lá. Foi aí que descobriu que minha mãe tinha DPOC [Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica]”, disse.
Com informações do g1/RN