SÃO JOSÉ DE MIPIBU – ARLINDO ENTRA O FINAL DE SEMANA VISITANDO AS OBRAS

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Enquanto muitos gestores reservam o final de semana para o descanso, o prefeito de São José de Mipibu, Arlindo Dantas “finca” os pés nas obras que estão em andamento no município. Foi assim que aconteceu por volta do meio dia deste sábado(28), quando encontrei o prefeito Arlindo Dantas e o secretário de Obras José Eduardo Sales coordenando o trabalho de construção de uma tubulação que vai fazer a transposição das águas das chuvas acumuladas em dois reservatórios que recebem as águias das áreas mais baixas da cidade e dos bairros circunvizinhos, para um outro local centenas de metros de distância, desaguando nos rios que desembocam no mar.

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Segundo o prefeito Arlindo Dantas a ampliação das lagos de captação estão sendo executadas para prevenir problemas futuros com a expansão de residenciais nas imediações. “A nossa gestão está atraindo grandes investidores para o município, o que provoca a expansão principalmente no setor imobiliário, com a chegada de grandes condomínios, que por sinal já estão sendo construídos principalmente nas proximidades do centro da cidade. As duas lagoas que temos atendem as necessidades atuais, porém precisamos pensar no futuro, e esse futuro já está batendo nas nossas portas”, declarou Arlindo.

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Conforme explicou o prefeito de São José de Mipibu, a bomba de 50 HP utilizada para fazer a transposição das águas fluviais das lagoas de captação tem  capacidade para jogar na tubulação 400 mil litros de águas por hora, o que corresponde ao volume de águas transportado por 40 caminhões pipa. “Fico feliz em saber que tudo vai estar resolvido antes da chegada das chuvas. Essa bomba vai retirar das lagoas 400 mil litros de água por hora, o equivalente a 40 caminhões do tipo pipa lotados pela boca”, explicou Arlindo.

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Para o secretário José Eduardo Sales a precisão na finalização dos engates melhora a vasão durante a transposição, além de proporcionar um melhor desempenho da bomba.” Temos que finalizar com muito cuidado para que o resultado seja satisfatório. É por isso que estamos fazendo tudo com muita calma”, declarou o secretário.

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Com “um olho no gato e outro olho no peixe”, como diz o ditado, o prefeito Arlindo Dantas, debaixo de um sol escaldante fez do veículo seu gabinete, onde despachou com o vereador Jean Nerino, que tratou de outros demandas de interesse do povo mipibuense.

FÁBIO DANTAS – “Ninguém enriquece um país sufocando contribuintes. Porém, com mais contribuintes”.

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Foto: Divulgação.

O vice-governador Fábio Dantas analisa que o principal problema hoje do Estado é a situação financeira. Afinal, das finanças depende a implementação e ampliação de serviços e a própria execução dos planos do novo governo. Para ele, é a falta de recursos que leva a escolhas. “O resgate de toda valorização, dos serviços públicos, tudo isso passa pelos recursos. Então quando não se tem recursos, a escassez faz você ter que fazer escolhas. Elas é que dão a dinâmica maior do serviço público”, analisa. E em se tratando de finanças uma preocupação do vice-governador é com a previdência. Segundo ele, a criação da previdência complementar é algo urgente. Fábio Dantas disse que a discussão passará por todos os setores da sociedade.

Já sobre política, o vice-governador ainda aponta José Dias como o melhor nome para ser o líder da bancada do Governo. No entanto, essa é uma situação praticamente descartada já que o deputado rompeu com o Executivo.

Questionado sobre o trabalho de vice, Fábio Dantas é direto: “Todas as vezes que o governador me demanda eu o ajudo nas suas missões. Sempre preservando a imagem maior, que é a do governador”, diz ele, que tem o plano de fazer da Vice-Governadoria um local de debates dos grandes problemas do Estado. Confira a entrevista do vice-governador Fábio Dantas.

Vice-governador, como o senhor avalia esses primeiros 50 dias de gestão do Governo Robinson Faria?

Primeiro, o que vejo é que as 24 horas de um dia estão pequenas para as demandas do Rio Grande do Norte. A gente precisava ter um dia com 72 horas para que pudéssemos produzir alguma coisa. O tempo é muito curto e os problemas são muito complexos. Você precisa não só cuidar do dia-a-dia, mas planejar o Estado, que é mais difícil ainda. A curto prazo as medidas de funcionamento do Rio Grande do Norte, o governador e os secretários têm tido um trabalho muito cuidadoso, não de construir  impérios, grandes obras, mas de fazer o dia-a-dia melhor, que é tentar melhorar a saúde, segurança, que, com todo o contexto, com toda a dificuldade, tem se dado ao cidadão uma sensação melhor.

A folha de pessoal continua sendo o principal problema?

Se você me perguntar qual o maior problema que eu vejo do Estado, eu lhe digo: são as finanças estaduais. O resgate de toda valorização, o resgate dos serviços públicos, tudo isso passa pelos recursos. Então, quando não se tem recursos, você tem que fazer escolhas. Elas é que dão a dinâmica maior do serviço público.

E como resolver as finanças? Qual o caminho a ser trilhado?

Não há mais de onde cortar. O que precisa ser feito a médio prazo é melhorar a arrecadação do Estado e atrair investimentos para que a gente não precise fazer um sufoco dos contribuintes atual. Ninguém enriquece um país sufocando contribuintes. Porém, com mais contribuintes. A gente precisa de mais contribuintes.

Previdência: mês a mês está reduzindo. Em fevereiro, foram usados R$ 35 milhões para pagar a folha de aposentados e pensionistas. Como resolver esse gargalo?

Isso é um dos problemas principais e terá que ser criado imediatamente a comissão que vai analisar a reforma previdenciária do Estado. É necessário ser feito a previdência complementar. Ela é fundamental para que a gente possa melhorar o fluxo hoje do futuro. Não estou pensando só no presente, mas no futuro. Com relação aos recursos da previdência que estavam depositados, na verdade, o que tem que se separar é de quem eram os beneficiários dos recursos que estavam lá. Nós temos hoje 104 mil servidores públicos. 60 mil servidores públicos estão na ativa e 40 mil na inativa. Desses 104 mil, apenas 14 mil fazem parte do bolo de R$ 1 bilhão. 90 mil servidores não fazem parte do bolo. Com a união dos fundos (ocorrida no final do ano passado) os 104 mil fazem parte do bolo. E qual o bolo? É o que se arrecada durante o mês do servidor ativo as contribuições para pagar os inativos. Isso é no mundo inteiro. E aqui nós não conseguíamos pagar porque havia um déficit de quase R$ 70 milhões. O que acontecia era que o servidor desse bolo de 90 mil servidores não tinha direito a usar o fundo e agora ele está usando o fundo para receber o seu salário em dia. O que é necessário? Preservar o mínimo possível desses recursos. E precisa ser preservada a condição para criar uma situação que o servidor não passe, no futuro, pelo que está passando hoje.

O fundo previdenciário está acabando? Ele vai, pelas previsões, até agosto?

Ele não vai só até agosto. No momento em que o governo tiver reservas não vai precisar usar o fundo. Vai usar o fundo nos meses que houver necessidade. No momento que não tiver necessidade, não vai ser usado o fundo. Ele (o fundo previdenciário) seria uma forma. Ano passado se colocou na imprensa que o Estado usou R$ 230 milhões do fundo no final do ano. Porém, o Estado colocou mais de R$ 360 milhões no fundo para pagar quando não tinha dinheiro para pagar, só que não havia união no fundo.

Essa reforma da previdência a qual o senhor se refere passará por onde?

Por todos os segmentos da sociedade. Os principais interessados: servidores públicos, Governo do Estado.  A questão da previdência é muito séria. No Brasil hoje eu considero o problema previdenciário o maior problema da próxima década, porque hoje a previdência do INSS tem duas: as dos urbanos tem saldo e a do rural é déficit. As pessoas só falam da previdência urbana e rural. Porém a previdência do servidor público tem um déficit estimado de R$ 1 trilhão. Nós temos esse problema em todas as áreas. Imagine você o servidor público não ter a garantia do seu futuro, o servidor público federal. E o que precisa ser feito é o que já foi feito: a previdência complementar que vai garantir. Inclusive na época os servidores do Supremo foram contrários, mas hoje são os grandes adeptos. Demora você cair a cultura do servidor público, mas esse servidor público que será beneficiado com a previdência complementar não é o atual, mas são os próximos que entrarão no Estado. Quem vai entrar já vai saber a regra e saberá que vai se aposentar pela previdência complementar.

O senhor acredita que a previdência complementar deve ser implantada ainda este ano?

Tem que ser urgente para que não precise adentar no fundo mais do que já entrou.

Como o senhor analisou a decisão do Ministério da Previdência de não emitir o Certificado de Registro Previdenciário?

Se essa negativa for originária de pendências, essas serão sanadas e o certificado será emitido. Se a decisão (de não emitir o certificado) for provocado pela unificação dos fundos previdenciários o Estado entrará com um mandado de segurança. No Supremo Tribunal Federal já há entendimento pacífico sobre esse assunto (para emissão do Certificado aos Estados que fizeram a unificação dos fundos). E tem um detalhe, no caso do Rio Grande do Norte o dinheiro do fundo previdenciário está sendo usado para pagar os próprios aposentados.

Tribuna do Norte

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