Foto: Everton Dantas/Divulgação
O alerta foi dado. E com antecedência. Governo e Justiça receberam sinalizações do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura (CEPCT) do Rio Grande do Norte desde 2021 alegando a possibilidade de uma crise na segurança pública no estado.
O comitê identificou uma série de violações de direitos e práticas de tortura em inspeções realizadas em unidades prisionais. Relatórios foram produzidos e uma carta foi enviada à governadora Fátima Bezerra (PT) em agosto de 2021.
O Comitê afirmou que a prática de torturas fortalece “um estado de tensão permanente que pode resultar em um massacre”. Na carta, citaram o caso de Alcaçuz, “cuja gravidade estampou o Rio Grande do Norte na mídia nacional e internacional como palco de uma guerra sangrenta”.
O grupo alega que tenta se reunir com Fátima Bezerra desde outubro de 2022 para discutir o tema e não tem retorno. O governo disse repudiar quaisquer atos que violem a dignidade humana.
Desde o dia 14 março foram registradas mais de 300 ocorrências de atentados e tentativas no Rio Grande do Norte. Os casos são cometidos, principalmente, pela facção Sindicato do Crime, formada em 2012 por dissidentes do PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas.
Informações: BNews