Secretaria alerta sobre os perigos no uso do narguilé

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A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) começa a distribuir para as Unidades de Regionais de Saúde o material educativo referente campanha nacional que alerta sobre os perigos do consumo e a iniciação precoce ao narguilé. A campanha que é uma parceria do Ministério da Saúde com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) tem como objetivo aumentar a percepção da população acerca dos malefícios do narguilé e com isso prevenir sua experimentação e a iniciação por jovens na faixa etária entre 13 e 25 anos. A ideia é reforçar que o narguilé é tão nocivo para a saúde quanto o cigarro.

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Segundo Lizabeth Guimarães, coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, “o narguilé é o segundo derivado do tabaco mais fumado pelos jovens, atrás apenas do cigarro. Uma sessão de uma hora de narguilé equivale a fumar 100 cigarros, o que equivale a cinco carteiras. Da mesma forma que o cigarro, o uso do narguilé está associado ao desenvolvimento do câncer de pulmão, de doenças respiratórias como a enfisema pulmonar, doença periodontal, entre outras, além de proporcionar ao organismo a exposição a doses suficientes de nicotina que causam dependência. Como o narguilé pode ser usado por várias pessoas simultaneamente, também há riscos de se contrair doenças infecto-contagiosas como herpes, hepatite c e tuberculose” – alerta.

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Conhecido também como cachimbo d’ água ou shisha ou hookah, o narguilé é um dispositivo para fumar, tipo um cachimbo, no qual o tabaco é aquecido por um fogareiro onde se usa carvão para queimar o fumo e a fumaça gerada passa por um filtro de água para ser resfriada, antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Como qualquer outro produto derivado do tabaco, o narguilé contém nicotina e as mesmas 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional. Porém, análises comprovam que a fumaça do narguilé contém quantidades superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas assim como as existentes na fumaça do cigarro.

Lizabeth Guimarães alerta que um dos maiores perigos no uso do narguilé são as misturas que alguns usuários estão fazendo, como o acréscimo de drogas ilícitas, líquidos inflamáveis como o álcool e alguns metais pesados que podem causar dependência química, além de grandes estragos ao organismo. Cita o exemplo de um rapaz no Paraná que sofreu queimaduras em 70% do corpo, após misturar álcool ao carvão utilizado no narguilé. O dispositivo explodiu e o rapaz sofreu queimaduras graves no rosto e em todo o corpo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema.

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