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Que o PT do Rio Grande do Norte é uma vertente de complicações isso todo mundo tem conhecimento. Esse papo de a turma de Fátima(PT) entregar os cargos e não anunciar o rompimento com o Governo deixa muito evidente a liderança política do deputado Fernando Mineiro(PT) dentro do Partido dos Trabalhadores. Lendo as entrelinhas disso tudo concluo que Fátima e Mineiro falam idiomas diferentes dentro do PT e dentro do Governo do Estado.
Deputado seis vezes, depois vice-governador e governador, Robinson Faria(PSD) sabe distinguir perfeitamente a diferença entre um discurso feito no Senado e um discurso feito na Assembleia Legislativa. No Senado as palavras são levadas com o vento, porém na Assembleia Legislativa os sons ecoam com muita rapidez, principalmente onde por conveniência não deve chegar. O deputado Mineiro, inteligente como é, sabe perfeitamente o poder do seu discurso dentro do PT e dentro do governo, para garantir ao governador Robinson Faria a submissão política da senadora Fátima Bezerra e com isso aumentar sua fatia na estrutura do poder. Fátima parece perceber que sua estrela estando perto de Mineiro não brilha tanto assim, portanto é chegado o momento de buscar outra constelação. Agora fica mais do que esclarecido que o PT de Fátima não é o mesmo PT de Mineiro, e o PT como um todo se enfraquece cada vez mais no Rio Grande do Norte.
A turma de Fátima alega que a entrega dos cargos foi motivada pela falta de compromisso do governo para com a Cultura do estado, o que parece não ser verdade, o que parece ser verdade é que a senadora Fátima se utilizou do espaço cedido pelo governador para promover apadrinhamentos políticos na esfera da Fundação José Augusto, colocando os seus onde achou ser mais conveniente, sem ter a menor preocupação com os resultados. Na verdade o racha de Fátima não é com o Governo, é com Mineiro, só que esse racha que parece ser novo na verdade vem de muito longe. Penso assim, posso estar errado, mas também posso estar certo.
