Equipes trabalham na limpeza da Praia dos Carneiros, no Litoral Sul de Pernambuco, nesta sexta-feira (18) — Foto: Wellington Pereira/TV Globo
De acordo com o professor de biologia e médico Fernando Beltrão, não há riscos, caso os banhistas entrem em contato com o material na água. Ele aponta, no entanto, que é preciso estar atento, se o contato ocorrer na areia.
“O óleo não se mistura com a água. São pedaços de gordura, de lipídio, e dificilmente colam em alguém dentro d’água. Ainda que toque na pele, não vai causar mal”, afirma.
Já na areia, a situação é diferente, sobretudo, em horários mais quentes. “Quando você pisa, ele cola onde você tocar, seja no pé, nas mãos ou em outra parte do corpo. Pode queimar, porque é óleo quente”, explica Beltrão.
“Se isso acontecer, a pessoa deve retirar a substância com delicadeza, utilizando óleo de coco ou de cozinha. Quando retirar, lavar com água e sabão”, complementa a dermatologista Consuelo Arruda.
Entre os problemas causados pelo óleo estão a dermatite e a elaioconiose, um tipo de cisto de obstrução dos poros, causado por contato com produtos oleosos. “Se a pele está irritada e vermelha, é bom procurar assistência médica”, comenta o professor Fernando Beltrão.
Segundo Consuelo, os banhistas não devem se preocupar em excesso com o contato com a substância. “É importante não criar uma neurose, mas evitar onde tem o óleo e avisar aos órgãos competentes quando vê-lo, mas nada que possa comprometer a vida”, explica a dermatologista.
Por Clarissa Góes e Ronan Tardin, TV Globo /Pernanbuco