Faleceu na manhã de hoje, a Sra. Maria de Lourdes Freire, viúva do saudoso enfermeiro Manoel Amaro Freire e minha madrinha.
Ela estava internada no Hospital do Coração, em Natal e não resistiu às complicações em sua saúde.
Madrinha Lourdes foi uma mulher magnífica que durante toda a sua vida soube preparar a vida com dose certa de muita bondade e amor. Nasceu no dia 24 de setembro de 1927 na Fazenda Catolé, então município de São José de Mipibu.
Local onde morou madrinha Lourdes, viúva do enfermeiro Manoel Amaro Freire
Em 1947 ela transferiu-se para sede do município de São José de Mipibu, após casar-se com Manoel Amaro Freire, com quem teve 6 filhos: Fátima, Elza, Hermes, Amauri, Amilton e Ângela Amaro Freire, adotando ainda Cícero Amaro Freire, figura muita querida por todas as pessoas que o conhecem.
O corpo está sendo velado durante toda a noite em sua residência, na rua Prefeito Juvenal de Carvalho, onde haverá missa às 9:30 horas (01/11), na Igreja Matriz de Sant’ana e São Joaquim e em seguida o sepultamento no Cemitério Municipal de São José de Mipibu.
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”.
Nossos profundos sentimentos de pesames, aos seus filhos e familiares;
Conheci D. Lourdes por mais de 30 anos, morando na mesma rua. Com certeza um grande legado de etica e formacao essa Senhora deixou para seus filhos e parentes, e por que nao dizer para todos nos que tivemos a felicidade de conhece-la.
DESCANSE EM PAZ …
Meu abraco de sentimentos…
Olá Daltro,
Estava lembrando a minha Tia Elza, que fazem seis anos que a minha vó Lourdes faleceu.
Ela deixa saudades pelo olhar bondoso e generoso que dava. A minha avó fazia um saboroso doce de caju, era um ritual dela também cozinhar no forno à lenha na casa de número 155, na rua Prefeito Juvenal de Carvalho.
Naquela casa o vovô Manoel realizou o parto dos filhos Fátima, Elza, dos gêmeos Amauri e Amilton.
Incrível saber que ali nasceram e cresceram.
A vó Lourdes costumava dizer-me que vendia café com pão no mercado, enquanto que o vovô Manoel também trabalhava, ora com o pequeno consultório ali no mercado.
Para mim, existe uma máxima – "ao lado de um grande homem há uma grande mulher". Os dois morreram e foram velados naquela casa que construíram juntos. E a minha avó adorava plantar e jardinar! Ela tinha muito orgulho das histórias das pessoas que chegavam em Mipibu contando como o meu avô cuidava da saúde de tantas pessoas.
Hoje sei que existe um centro de capacitação na cidade de São José de Mipibu com o nome de meu avô, é um super reconhecimento que engrandece a família.
Nesses seis anos sem a minha avó Lourdes, sinto falta do cheiro de feijão e do arroz colorido, sinto falta da tradição do São João, em que ela mandava debulhar o milho para fazer canjica, munguzá e pamonha. A mais saborosa pamonha de todos! Alguém faz hoje em dia paçoca de carne de sol no pilão? A vó Lourdes fazia… E o ponto do doce de caju, quem dava era a Neide. A irmã mais velha dos Freire, porque foi a única a estudar enfermagem. Ela era a cuidadora de Vó Lourdes.
Acho que muitos falam de meu avõ. O que ninguém sabe, é que dias de sábado. Chegavam pessoas de todos os lados do interior, e a minha avó alimentava-os na mesma mesa que dava as refeições aos filhos.
Pessoas doentes e pobres que vinha em busca de ajuda.
Assim me despeço dessas lembranças com carinho.
Ao senhor Carmarão e Rosinha, meu apreço.
Abraço fraterno,
Regina Celly Freire de Noronha
Brasília-DF
(neta de Lourdes e Manoel)