RANIERE BARBOSA E GEORGE CÂMARA ESTÃO DENTRO DE NOVO

O pleno do Tribunal Eleitoral Regional – TRE/RN devolveu, na manhã de hoje (4), aos vereadores reeleitos pela vontade livre do povo, Raniere Barbosa (PRB) e George Câmara (PCdoB), os seus mandatos conquistados no último dia 7 de outubro. A votação foi polêmica, onde o confronto dos argumentos se estendeu por toda a manhã. No fim, o placar foi de 4×2 contra os suplentes Edivan Martins e Cláudio Porpino e em favor dos eleitos de fato que, até aqui, serão os diplomados em 14 de dezembro.

A votação de hoje derrubou a liminar que tirava os nomes de Raniere e George da lista dos eleitos, substituindo-os por Edivan e Cláudio, contudo, o mérito ainda será julgado na próxima terça-feira (11). Caso não haja uma decisão final até a data da diplomação, pela decisão de hoje ficam assegurados os mandatos de Raniere e George, a serem diplomados no dia 14.

SENADOR JOSÉ AGRIPINO EM BUSCA DE DESCONTENTES COM O PT

O senador José Agripino foi entrevistado hoje pelo jornalista da Folha de S. Paulo, Fernando Rodrigues, dentro do projeto Poder e Política, do portal UOL. Entre os temas da conversa estão os planos da oposição para as próximas eleições, os problemas econômicos e administrativos do atual governo, o último escândalo de corrupção envolvendo ex-assessores do presidente Lula, e o desempenho do Democratas nas últimas eleições.

Na entrevista, Agripino afirma que a oposição sozinha, sem apoio de partidos que hoje fazem parte da base do governo, tem poucas chances de vencer o pleito presidencial de 2014. Precisa, portanto, desde já, iniciar as costuras com outras agremiações, principalmente as que estão insatisfeitas com o Partido dos Trabalhadores. Após a entrevista, o senador foi convidado a conhecer a redação da sucursal da Folha em Brasília, onde conversou com repórteres de política da capital federal.

Equipes de transição começam trabalho em São José de Mipibu

Começou em clima de harmonia e respeito administrativo – como deve se proceder nestes casos – a transição entre os prefeitos Norma Ferreira e Arlindo Dantas. Nesta segunda-feira, a prefeita Norma, junto com seu vice, Arízio e a comissão de transição da Prefeitura receberam a equipe de transição do prefeito eleito.

Dos cinco membros, estiveram presentes à recepção da prefeita o contador Amarildo e o servidor público Freire. Depois chegaram Maurício Freire e Lúcia Martins. A Prefeita deu as boas-vindas, explicou que reservou uma sala para a equipe trabalhar e que todos os documentos estão à disposição. “Trabalhamos para que vocês tenham amplas condições de atuação e que possam saber tudo a respeito da prefeitura. Com isso, ganha a cidade, pois entedemos que a prefeitura é do povo, que escolheu quem quer administrando. Somos gratos a este povo, que nos conduziu por dois mandatos à esta administração. Fiquem à vontade e contem com nossa equipe para os esclarecimentos que precisarem, disse Norma.  Ela explicou que, apesar das dificuldades, foi desenvolvido um amplo trabalho de organização da Prefeitura.

Por sua vez, Arízio Fernandes disse que mesmo antes da Resolução do Tribunal de Contas do Estado que normatizou a transição nos municípios, a Prefeita Norma já havia determinado a formação de uma comissão para passar todas as informações ao novo governo. “Nossa determinação é por uma transição democrática, respeitosa, republicana, dentro dos modernos padrões da administração pública. 

Falando em nome da comissão do novo governo, o contador Amarildo agradeceu a recepção e disse que, também da parte da nova administração, há o desejo de uma transição à altura do que espera a população, dando continuidade aos serviços públicos. Após a recepção, as duas comissões tiveram a primeira reunião de trabalho.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São José de Mipibu

CORRIDA NOTURNA DO SESI TEM EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

A IV Corrida Noturna realizada em Natal neste sábado (12/01) pelo Serviço Social da Indústria trouxe exemplos de superação. Um deles protagonizado por Pablo Gustavo Ferreira, de 27 anos. Há um ano ele pratica handbike e esta noite mostrou que não existem obstáculos para quem tem força de vontade e perseverança.
Pablo Gustavo levou sua família à Praça Cívica e, logo cedo, preparou sua bicicleta adaptada para enfrentar o percurso de dez quilômetros, pedalando só com as mãos. Ele não quis falar sobre o que o deixou em uma cadeira de rodas, acha muito mais importante olhar para o futuro do que ficar remoendo o passado.

Único cadeirante a participar da corrida, Pablo foi aplaudido de pé pelos milhares de expectadores ao completar a prova e se emocionou ao receber o troféu das mãos do superintendente jurídico da FIERN, Davis Coelho. Mas não foi sói ele, muitas pessoas com necessidades especiais participaram do evento organizado pelo SESI.

CANGUARETAMA – PRE CONSIDERA ILÍCITA SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO

Foto: Divulgação.

O parecer da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), entregue à Justiça Eleitoral nesta segunda-feira (3), aponta irregularidade na substituição de um dos candidatos a prefeito de Canguaretama, ocorrida na véspera do dia da votação. Jurandir Freire Marinho (PSD) teve seu registro de candidatura indeferido em 1ª e 2ª instâncias, devido à rejeição de sua prestação de contas, tendo a última decisão sido proferida em 28 de agosto. Porém, a renúncia à candidatura somente ocorreu às 18h43 do dia 6 de outubro, véspera das Eleições 2012.

O respectivo pedido de substituição em favor de sua ex-esposa, Maria de Fátima Borges Marinho (PSD), foi apresentado às 18h46 do dia 6 de outubro, ou seja, renúncia e substituição ocorreram faltando aproximadamente quinze minutos para o término do expediente na Justiça Eleitoral, na noite anterior ao dia da votação.

O procurador Regional Eleitoral Paulo Sérgio Rocha ressaltou em seu parecer que uma situação desse tipo impede o eleitorado de saber que a pessoa cuja identificação apareceu na urna eletrônica não é mais candidata e o voto nela foi destinado a terceiro, o que viola o direito à informação garantido ao eleitor.

Além disso, para o procurador, o direito do eleitor à informação no processo eleitoral é composto tanto pelo direito ao acesso às informações básicas sobre quem é o verdadeiro candidato, quanto pelo direito às informações oriundas de suas ideias e propostas. Quando uma substituição é promovida de última hora, o novo candidato não divulga suas ideias ao eleitorado nem se expõe às críticas dos adversários.

O parecer da PRE destaca que os princípios da representatividade; da soberania do voto livre e consciente; da moralidade; da publicidade e da igualdade impedem substituições de candidatos feitas de modo abusivo e fraudulento. “A Justiça Eleitoral não pode nem deve compactuar com práticas que maculam o processo eleitoral e retiram a credibilidade da sociedade relativamente às instituições e ao próprio Poder Judiciário”, destaca.

O Recurso Eleitoral nº 474-54.2012.6.20.0011 será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte e é de relatoria do juiz Jailsom Leandro. Clique aqui para ler a íntegra do parecer.

Fátima parabeniza Dilma por destinar 100% dos royalties para Educação

Nesta segunda-feira (03), a deputada federal Fátima Bezerra (PT) subiu à tribuna da Câmara dos Deputados, onde parabenizou a presidenta Dilma Rousseff pela decisão história em assinar uma Medida Provisória em que destina 100% dos royalties para educação e 50% do fundo social do Pré-Sal.

Deputada elogiou a postura de coragem, ousadia e a visão estadista da presidenta. “A visão de estadista da presidenta foi justamente pensando no futuro da educação brasileira. Está em curso no Senado o Plano Nacional de Educação (PNE), que já foi aprovado aqui na Câmara. Para que ele realmente saia do papel é preciso recursos novos. Os 100% dos royalties para educação e 50% do fundo social do Pré-Sal são fundamentais para atender a essa demanda, declarou.

A MP só valerá para novas concessões. A primeira rodada de licitações ocorrerá já em maio de 2013. O valor é um acréscimo ao mínimo constitucional exigido atualmente. O município tem que aplicar 25%, os estados 25% e a União 18% [das receitas]. O que vier de receitas do petróleo é para acrescer ao mínimo constitucional. Também irão para a educação 50% dos rendimentos do Fundo Social.

A hora agora é que todas as entidades se mobilizem endossando o coro na defesa da medida provisória para que seja aprovada na Câmara e no Senado. Temos que garantir essa conquista histórica para a educação do Brasil”, finalizou Fátima.

Senador José Agripino recebe embaixadora do Brasil na ONU

O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), recebeu nesta segunda-feira (3), em seu gabinete, em Brasília, a visita da atual embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Luiza Ribeiro Viotti. Durante o encontro, o senador mostrou paisagens do Rio Grande do Norte ilustradas em painéis nas salas do gabinete. As fotografias, de autoria dos talentosos profissionais das lentes, Canindé Soares e Orlando Brito encantaram a embaixadora.


Indicada pela presidente Dilma Rousseff para representar o Brasil na Embaixanda da Alemanha, Maria Luiza será sabatinada nesta quinta-feira (6), às 10h, na Comissão de Relações Exteriores, antes de ter seu nome votado em plenário.

são josé de mipibu – NADJA DESPACHA COM ZÉ AGRIPINO E FERNANDA ASSSUME PRESIDÊNCIA DO DEM

A assessora parlamentar, Nadja Ferreira, despachou com o senador José Agripino na tarde de ontem(02). Nadja relatou ao líder do DEM a necessidade de se reestruturar o Democrata em São José de Mipibu. O encontro aconteceu no apartamento do senador José Agripino no bairro de Morro Branco.

O senador José Agripino deu carta branca para a assessora Nadja Ferreira fazer crescer o partido no município de São José de Mipibu. A primeira novidade foi a indicação feita pelo senador José Agripino, dando a Fernanda Moraes, vice-prefeita eleita no município de São José de Mipibu, a missão de presidir o partido.

Durante a reunião o senador fez uma ligação telefônica para o prefeito eleito de São José de Mipibu, Arlindo Dantas, garantindo a participação do DEM no envio de emendas orçamentárias para o município.

Para FOLHA Micarla fala que foi afastada apenas por “indícios”

Em entrevista a Folha de São Paulo, a prefeita afastada Micarla de Sousa, revela que ninguém deu o direito de defesa dela, que já acusaram, julgaram e condenaram apenas por indícios, ainda fala sobre sua insatisfação com o PV, sua relação com Assis, sobre as acusações do Ministério Público. Confira a entrevista concedida no último sábado(1º), mesmo dia em que o PV a retirou da presidência estadual do partido:

Afastada da Prefeitura de Natal há um mês sob suspeita de desviar dinheiro público, Micarla de Sousa diz ser um “arquivo vivo” e que foi “condenada moralmente” apenas por “indícios”.

Em entrevista à Folha, a jornalista de 42 anos, cuja gestão era reprovada por 92% da população, afirma que seu “martírio” começou após “dizer não” a “poderosos e influentes” do Estado.

Segundo a Promotoria, havia uma “rede de corrupção” na prefeitura, alimentada por verbas da saúde e da educação. Os recursos teriam bancado supermercado, joias e até funcionários pessoais da prefeita afastada.

Com base em documentos e em dados telefônicos e fiscais, o Ministério Público afirma ainda que servidores do primeiro escalão da prefeitura agiam como tesoureiros pessoais de Micarla e do ex-marido.

Dona da afiliada local do SBT, Micarla diz que já vinha de família rica, e que se endividou por ajudar “pessoas necessitadas”. Afirma que a crise de gestão em Natal, que enfrenta caos em diversas áreas, é resultado do baixo crescimento do país. Leia a entrevista concedida no último sábado (1º), mesmo dia em que o PV a retirou da presidência estadual do partido:

FOLHA – Como está a rotina desde o afastamento?

MICARLA DE SOUSA – É a primeira vez que sou mãe “full time”. É um aprendizado. No começo foi difícil. Porque antes eu acordava às 6h30, tomava café com os meus filhos e ia para a prefeitura. Sempre cheguei tarde, não almoçava em casa. Quando aconteceu isso [afastamento], eu me perguntava: o que eu vou fazer hoje?

FOLHA – O que foi mais difícil nesse período?

Trabalho desde os 16 anos. Estou com 42. Sempre trabalhei fora, como jornalista, executiva, empresária, como política e empresária –porque quando fui deputada continuei cuidando das empresas da minha família– e depois como política em tempo integral. Mas o mais difícil para mim, o maior aprendizado, não foi a rotina. Foi ver quantas máscaras caíram nesse período e como o poder faz amigos e a falta dele afasta as pessoas. Posso confirmar aquela frase que diz que o poder embriaga porque 90% ou mais das pessoas que me rodeavam desapareceram da noite para o dia.

FOLHA – A sra. recorreu para tentar voltar à prefeitura. Se tivesse obtido decisão favorável, como teria sido esse retorno?

Tenho pensado muito sobre isso. Porque sou a primeira gestora na história do país cassada por liminar judicial. Não fui julgada, não fui denunciada. Não existe nada. Existem, apenas, como é colocado pelo Ministério Público, indícios de que haja alguma coisa. E por indícios eu fui julgada, condenada moralmente e afastada do meu cargo. Isso tem sido doloroso porque fui eleita por 193 mil votos, por 50,8% da população. Fui julgada sem direito à defesa. Nem o pior dos bandidos passou pelo que passei.

FOLHA – Como avalia as acusações?

É muito fácil acusar as pessoas. Queria só lembrar que vim de família que já tinha estrutura financeira que me permitia desde jovem ter acesso a algumas coisas. Agora chegar e dizer que Micarla teve gasto mensal de R$ 140 mil. Onde? [Francisco] Assis, que era secretário-adjunto financeiro da Saúde, trabalhava comigo antes de meu pai falecer. Meu pai faleceu há 14 anos. Ele [Assis] sempre cuidou da minha vida financeira. Encontraram na casa dele uma planilha mostrando quanto eu devia e não quanto eu gastava. Será que o fato de alguém dever, de ter cheque especial estourado, de estar sem cartão de crédito há dois anos, dá a alguém o direito de pensar que é uma pessoa má, que não tem caráter?

FOLHA – Como chegou a essa situação de endividamento?

Por não conseguir dar “não” a pessoas necessitadas. Quantas vezes peguei meu salário, meu cartão de crédito, para ajudar alguém que chegava e dizia: preciso fazer tratamento em São Paulo e preciso de passagem e hospedagem? Quantas vezes reconstruí casas que estavam para cair na cabeça das pessoas. As pessoas podem achar piegas ou duvidar. Mas isso provocou um descontrole financeiro meu. Chegaram ao ponto de dizer que a prefeita usava o dinheiro [público] para pagar a escola dos filhos. A escola está no Imposto de Renda do meu ex-marido. O que querem provar de mim? Até agora o que conseguiram provar é que tenho muito débito.

FOLHA – O Ministério Público aponta indícios de que a sra. e seu ex-marido tenham recebido propina em contratos na área de educação…

Encontrou-se um papel em que estava escrito “M” e “W” [segundo a Promotoria, as iniciais de Micarla e Weber, o ex-marido]. “M” com certeza não é Micarla. Posso provar e afirmar. Querem me transformar em uma bandida e eu não sou.

FOLHA – A sra. usou verba pública para fins pessoais?

Nunca. Durmo com minha consciência tranquila. Pedi ajuda à minha mãe com minhas contas. Isso é crime?

FOLHA – A Promotoria aponta que seus auxiliares se desdobravam para pagar suas contas pessoais. A sra. avalia isso como normal, considerando que ambos ocupavam cargos públicos?

Talvez tenha errado nesse ponto. Deixei a mesma pessoa [Assis] por questão de confiança. Porque ele fazia isso pra mim há mais de dez anos. Mas não acho que tenha algo de obscuro nisso. Ele trabalhava com a minha família há muito tempo. Ele fazia o trabalho dele na Saúde. Desdobrava-se às vezes, sim, mas nunca teve dinheiro público envolvido nisso.

FOLHA – Todos esses indícios são então inverdades, em sua visão?

Todos esses indícios me levam a crer que sou muito temida pelos poderosos. Tenho a sensação de que sei demais, de que sou um arquivo vivo de muitas coisas. O que aconteceu comigo foi uma grande história, uma grande estrutura montada, e não foi da noite para o dia. Acho que havia mais ou menos uma crônica da morte anunciada a partir do momento que comecei a dar “não” a algumas figuras.

FOLHA – Quais figuras?

A partir do momento que comecei a dar “não” às pessoas mais fortes e influentes do Estado minha vida começou a se transformar em um martírio, um calvário. Enquanto alguns sentiam que me tutelavam minha vida era tranquila. Quando viram que eu era um cavalo selvagem, que não tinha como colocar cabresto, a minha vida começou a tomar outro rumo.

FOLHA – Inimigos políticos deram munição ao Ministério Público?

Não posso dizer quem fez ou deixou de fazer isso. Foi uma somatória de questões como interesses quebrados e falta de apoios. Minha vida política foi meteórica. Em quatro anos participei de três campanhas e venci as três. Fui vice-prefeita em 2004, fui a deputada mais votada em Natal em 2006 e em 2008 fui eleita prefeita no primeiro turno contra todas as estruturas de poder da época. Fiz uma parceria com o povo.

FOLHA – Quais foram os frutos dessa parceria?

Entreguei 53 escolas de educação infantil em três anos. Investi muito em saúde. Entreguei três Ames [ambulatórios médicos de especialidades], uma UPA [unidade de pronto atendimento], o Hospital da Criança Sandra Celeste, reinaugurei o Hospital dos Pescadores, o Hospital da Mulher. Entreguei três maternidades. Passei de 2.000 crianças na pré-escola para 16 mil crianças. Três mil e duzentas famílias que moravam em favelas agora têm casa.

FOLHA – Atualmente vemos algumas dessas áreas com problemas. A educação ameaça suspender o ano letivo, há problemas de limpeza pública, ruas esburacadas. Você se sente responsável por essa situação?

Não. Natal não é uma ilha. Está no contexto do Brasil, que quando assumi tinha taxas de crescimento superiores a 8% e que vai crescer 1,9% neste ano. Um país em que para os metalúrgicos da região do ABC paulista, uma das maiores praças eleitorais do PT, não serem demitidos, retirou-se o IPI dos carros. O IPI e o Imposto de Renda são formadores do Fundo de Participação dos Municípios. Todos os municípios enfrentam empobrecimento. Outro ponto agravante é que tivemos nesse último ano bairros com inadimplência de 86% em relação ao IPTU. Alcançamos na média geral 50% de IPTU não pago. Não existe mágica. É igual na nossa casa. Se você tem despesa “X” e começa a ganhar menos, você tem que cortar. E chega uma hora que não tem mais de onde cortar.

FOLHA – O descontrole financeiro pessoal da sra. não se refletiu na prefeitura?

De forma alguma. Que atire a primeira pedra o município brasileiro que diga que não tem problemas. Em Fortaleza, em Recife, as pessoas reclamam de lixo e buraco. Há exemplos positivos, claro. O Rio de Janeiro, por exemplo, onde [o prefeito] Eduardo Paes [PMDB] tem apoio incondicional do governo federal e do Estado. Em Natal falta apoio do Estado. No âmbito do governo federal, quando Dilma assumiu consegui conquistar muitos projetos. Sempre tive apoio dela. Infelizmente nada chegou em tempo por causa de burocracia.

FOLHA – O que explica o índice de rejeição de 92% de sua gestão?

A falta de apoio político fez com que eu fosse um alvo fixo. E o fato de eu não abrir exceções fez com que todos quisessem que eu não estivesse mais ali. Eles precisam de alguém que seja manipulado, algo a que não me propus.

FOLHA – Acredita que pode voltar ao cargo antes do dia 1ë [de janeiro de 2013]?

O mínimo que deveria acontecer seria me darem o direito de voltar e fazer a minha defesa. Se sou colocada como bandida, como sustento depois os meus filhos? Vai ter sempre alguém me olhando e desconfiando se a história é verdade. Isso afeta não só a mim, mas aos meus filhos, minha família. Como cristã, fico pensando quando Jesus estava ao lado de Barrabás e Pilatos perguntou se ele queria se defender. Até ali, do lado do pior bandido, Jesus teve direito de defesa. Eu não tive isso. Temo que isso abra precedente para que outros gestores sejam julgados moralmente, condenados, tenham suas vidas completamente dizimadas antes de um processo judicial ser completamente concluído. Isso abre um precedente perigoso para a democracia do país.

FOLHA – Qual é a Natal que você entrega a Carlos Eduardo [Alves, PDT]?

Uma Natal que por um lado tem possibilidades imensas. Consegui conquistar R$ 338 milhões de recursos para a Copa. Tem um túnel, com mais R$ 140 milhões, que vai acabar com todos os problemas de alagamentos em Natal. Entrego uma cidade com R$ 10 milhões para asfaltamento. Entrego uma cidade com possibilidades mil por conta da Copa, mas também uma cidade que tem problemas sérios que são vivenciados pelos gestores brasileiros, de redução de arrecadação e isso faz diferença grande. Deixei uma Natal com certeza melhor do que quando assumi. E ele [novo prefeito] vai ter a sorte que não tive: a questão dos apoios. Eu desejo a ele muita sorte.

FOLHA – Quais são seus planos para 2013?

Eu saí da política. Volto a cuidar do que é meu, minha casa, minha vida como jornalista, minhas empresas. Quero ficar com os meus filhos. Quero escrever um livro, fazer uma trilogia sobre o início da cruz até os dias futuros.

FOLHA – Vai continuar filiada ao PV?

Não. Acho que a Justiça, o Ministério Público, até parte da população que não me conhece podia me tratar de forma distante, desconfiar de mim ou colocar qualquer tipo de questionamento. Mas o meu partido e meus companheiros não tinham esse direito. Durante oito anos fui presidente do partido. E agora, no dia que acontece o afastamento, me trataram da mesma forma do que os desconhecidos e a Justiça. Ninguém da direção nacional chegou para me prestar solidariedade, perguntar o que estava acontecendo. Simplesmente decidiram me afastar da presidência do partido. Não fui convidada nem sequer para o ato do novo presidente. O PV me tratou com ingratidão. Minha história com o PV sempre foi de amor. Agora esse amor acabou. Essa dor do PV foi infinitamente maior do que a dor da injustiça da Justiça. Vou me desfiliar nos próximos dias e fechar esse ciclo.

CORRIDA NOTURNA DO SESI ATRAI MILHARES DE PESSOAS EM NATAL

A capital potiguar parou neste sábado (01/12) para assistir à IV Corrida Noturna do SESI. Milhares de expectadores e pelo menos três mil atletas se concentraram na Praça Cívica de Natal, onde foi dada a largada às 18 horas. Alguns competidores disputaram a prova de cinco quilômetros, outros correram 10 km, mas todo mundo ganhou com a ação esportiva promovida pelo Departamento Regional do Serviço Social da Indústria no Rio Grande do Norte.

Democrática, a iniciativa atraiu gente de todas as idades, classes sociais e condições econômicas. As pessoas se uniram em torno da corrida que tinha como objetivo contribuir para a cultura da prática esportiva. Além da promoção da saúde, a Corrida Noturna integrou natalenses com moradores de vários municípios do RN, e até de outros Estados. A alegria podia ser vista no rosto de cada criança, jovem ou adulto que participou do evento.
Para o presidente da Federação das Indústrias e diretor regional do SESI-RN, Amaro Sales de Araújo, a Corrida Noturna é uma grande festa do esporte que traz a participação de toda a comunidade industrial. O SESI tem esse papel social de envolver as pessoas. Então nada melhor do que um evento como esse para fazer a integração de empresários, industriários e trabalhadores do Sistema FIERN, disse Amaro antes da largada.

É a segunda vez que o presidente da Federação das Indústrias do RN participa da Corrida Noturna, este ano com o tema das festas natalinas. Junto a outros diretores da instituição, Amaro Sales fez seu aquecimento e partiu no meio da multidão pela avenida Prudente de Morais, percorrendo ruas paralelas até completar todo o percurso. Estamos no mês natalino e não haveria oportunidade melhor para nos confraternizarmos, concluiu o líder industrial.

RAPIDINHAS DO BLOG

O lixo começa a tomar contadas ruas em São José de Mipibu.

Vereadores mipibuenses já estão definidos na escolha do voto para presidente da Câmara mas evitam voto declarado. Nas contas do Blog a parcial é de 9×4.

Eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Nísia  Floresta não terá surpresa, poderá haver rompimentos com forte oposição.

Prestígio político de Batista continua em alta em Nísia Floresta.

Rosalba se curvará ao PMDB? Perguntou um deputado governista.

Quando Henrique fala todos ecoam. Não há dentro do PMDB qualquer sinal contrário ao pronunciamento do líder Henrique Alves, sobre a chave de rodas dada no Governo da Rosa. Henrique continua “federal”.

Na Escolha do Conselheiro para o TC Henrique colocou o dedo em cima do nome de Poti Júnior e pronto, Nélter correu e ninguém contestou, até a mídia passou a anunciar um placar vantajoso e inexistente para Poti Júnior.

 

HENRIQUE COLOCOU AS CARTAS NA MESA

 

O presidente do PMDB no Rio Grande do Norte, deputado federal Henrique Eduardo Alves, admitiu esta manhã, durante evento do Partido Verde em Natal, que o PMDB considera “insatisfatória” a parceria política com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e que a depender do governo, o partido poderá romper com vistas às eleições de 2014.

“No palanque de Dilma o PMDB estará com tranquilidade em 2014, mas no de Rosalba, vai depender do tipo de parceria que ela queira e da contribuição que ela queira do PMDB, que, no momento, não está satisfatória”, afirmou o líder peemedebista em entrevista ao Jornal de Hoje, após sofrer desprestígio durante os últimos dias, por parte da condução política do governo Rosalba Ciarlini.

Em entrevista há duas semanas, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho, e o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Walter Alves, apontaram publicamente Henrique como porta-voz do PMDB a ser procurado pelo governo para a abertura de uma linha de diálogo com a administração estadual. Entretanto, o governo desprezou o provável futuro presidente da Câmara dos Deputados, sequer o contatando para uma conversa.

Agora, Henrique abre mão de conversar com o governo, devolvendo a Garibaldi a condução, e endurece o verbo contra a administração democrata no Rio Grande do Norte. “Já sou rouco, estou mais rouco ainda de tanto falar. Mas não estou conseguindo ser ouvido, então, deleguei a Garibaldi. Ele vai ser o nosso negociador, articulador de novo. Até porque votou legitimamente na governadora Rosalba”, afirmou o deputado, numa mensagem clara de insatisfação com a gestão Rosalba Ciarlini.

Pela primeira vez, Henrique assumiu a insatisfação do PMDB em relação ao governo democrata. Segundo ele, não se trata de cargos, mas da definição de uma parceria em prol do governo do Rio Grande do Norte. A reclamação em relação ao governo, afirmou o deputado, acontece não apenas no PMDB, mas em toda a base de apoio político.

Toda a base está reclamando de uma melhor articulação do governo, de uma pareceria mais transparente, mais verdadeira, até de uma mínima boa vontade nessa articulação”, declarou. Segundo Henrique, o PMDB não precisa de cargos para ser o partido que é, “de novo o maior do RN, pela sua militância, pela sua história, pela sua coerência”. Ele assevera: “Nós queremos que o governo seja democrático, seja parceiro, possa ouvir os aliados, e isso não está acontecendo”.

Henrique afirmou que o ministro Garibaldi terá nos próximos dias, ou horas, uma conversa decisiva com a governadora Rosalba Ciarlini. Esta conversa, afirmou, poderá definir os rumos de uma nova parceria entre as duas legendas. “Vou aguardar o que vem dessa conversa. Que tipo de governo que querem continuar a fazer, se é esse centralizador, que não conversa, que não confia, que não delega, ou se é uma coisa diferente, que pode ajudar mais o RN”, contou.

Para o peemedebista, a continuidade da aliança do PMDB com Rosalba “depende de o governo mostrar parceria, que quer contar com apoio dos partidos aliados, confia neles, que quer ideias para melhorar o governo, e não se fechar como está”. Henrique avalia que o governo é “completamente hermético” e conclui: “Não é cargo; é ideia, ouvir críticas, para mudar rumos. E isso se faz democraticamente, com a participação de muitos, de todos, se possível. E isso realmente não está acontecendo. E se continuar assim, vai se agravar muito”.

Jornal de Hoje.

 

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