Agripino critica falta de ação do governo no caso do senador boliviano

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A falta de ação do governo do PT diante do caso do senador boliviano Roger Pinto Molina, recém-chegado ao Brasil, mostra um compadrio ideológico deplorável, afirmou o líder do Democratas no Senado, José Agripino. Molina ficou mais de 450 dias em um quarto na embaixada do Brasil em La Paz. O Brasil havia concedido asilo diplomático ao senador, mas o governo Evo Morales recusava-se a conceder um salvo conduto para que ele deixasse o país.

O que existe é um compadrio ideológico deplorável que permite que invadam refinaria de petróleo da Petrobras na Bolívia e fica por isso mesmo e que trata com total descaso um senador boliviano na embaixada do Brasil”, frisou Agripino. A chegada de Molina a Brasília, nesse domingo (25), foi administrada pelo embaixador Eduardo Saboia e provocou a demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

“O embaixador Saboia fez aquilo que o governo brasileiro deveria ter tido a coragem de fazer até para mostrar sua soberania nacional em um contexto sulamericano”, frisou José Agripino. “O asilo político é uma prática internacional. Um senador, eleito pelo povo, ficar mais de 400 dias trancafiado numa embaixada sem o Brasil dar solução à sobrevivência dele mostra um gesto desumano. O embaixador Saboia merece nosso respeito e terá nossa defesa permanente”, destacou Agripino. 

DO BLOG:  Entenda o caso do senador boliviano Roger Pinto Molina

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Foto: Antonio Patriota, senador boliviano Roger Pinto Molena e presitente Dilma

O caso do senador boliviano Roger Pinto Molina, que chegou ao Brasil no último sábado (24), levou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a pedir demissão do cargo nesta segunda-feira (26). O representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Luiz Alberto Figueiredo irá assumir o cargo.

À tarde, o Itamaraty anunciou abertura de inquérito para investigar as circunstâncias de saída do parlamentar boliviano de seu país de origem. O órgão pretende analisar, por exemplo, se houve respeito aos tratados internacionais de concessão de asilo.

Roger Pinto Molina é um dos principais parlamentares de oposição ao governo do presidente boliviano, Evo Morales. Alegando perseguição política, desde 8 de junho de 2012 ele vivia na embaixada brasileira na Bolívia em condição de asilado. Segundo o governo boliviano, o pedido de asilo foi para não responder na Justiça a crimes de danos econômicos ao Estado calculados em pelo menos US$ 1,7 milhões.

Fonte: EBC

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