O prefeito do município de Touros, Ney Leite, foi o primeiro gestor a promover o processo de exoneração nos cargos comissionados sob a alegação da falta de recursos financeiros para cumprir a folha de pagamento dos servidores municipais.
De uma tacada só o prefeito Ney Leite exonerou 499 comissionados. “Esta não é a realidade que eu gostaria de estar assistindo, mas infelizmente, tive que ser corajoso e responsável, devido à queda de recursos constantes. Para não prejudicar os setores de assistência básica, tive que diminuir o número de pessoas e reduzir gastos com aluguéis, combustível, material de expediente, horas extras, enfim, tive que mexer em quase todas as áreas”, explicou Ney
Durante o “SOS Municípios”, realizado no América, em Natal, o presidente da FEMURN, Benes Leocádio, sinalizou a quebradeira dos municípios do Rio Grande do Norte devido a queda do FPM e o onus com a folha de pagamento dos professores.
Com a chegada do mês de dezembro os prefeitos já começam a pensar como vão pagar o décimo terceiro dos servidores efetivos, uma vez que as receitas são insuficientes e, não tendo outra alternativa, serão obrigados a exonerar os ocupantes dos cargos comissionados. Essa é a realidade nua e crua dos municípios brasileiros.
Tem saída para os prefeitos.É só querer investir agora em unidades de ensino que possam comportar alunos dentro do que a lei determina.É preciso que a curto prazo se amplie algumas escolas,para receber a clientela das escolas pequenas,e ainda ter o controle total das matriculas não deixando que se forme turmas pequenas demais.Pois isso é que onera a folha. Gostaria só de lembrar que recentemente o ministro desafiou os prefeitos que comprovassem suas dificuldades. Nenhum chegou a apresentar.Motivo o MEC sabe que o dinheiro que chega ao município é suficiente para pagar os professores pela quantidade de alunos matriculados.Ou todos partem para a nucleação,ou terão sérias dificuldades de gerenciamento.