Vatenor de Oliveira comemora 40 anos de carreira com exposição na Pinacoteca Potiguar

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A recorrência dos cajus e cajueiros na obra de Vatenor soa como um pedido silencioso de socorro: arte em defesa do meio ambiente, desfigurado de suas feições originais.

A memória do menino criado no bairro de Igapó até hoje perdura na obra de Vatenor de Oliveira, caracterizada pela pintura de cajus e cajueiros típicos da vegetação nativa. O artista comemora 40 anos de carreira e expõe 80 obras, do seu acervo pessoal, na mostra Vatenor: cajus para todo lado, que será inaugurada nesta quinta-feira, 5, às 19h, na Pinacoteca Potiguar.

Esta exposição conta com trabalhos que mostram sua trajetória de 1974 a 2014, traduzindo 40 anos entre cores, linhas, curvas e retas, frutos de sua imaginação.  Tudo resultado de suas fantasias pictóricas às margens do Rio Potengi, sob grande influência dos cajueiros, seu brinquedo, alimento de seus sonhos em busca de suas contemplações.

Para quem não entende a recorrência do tema na obra do artista, o jornalista Nelson Patriota fez referência, em 1996, ao trabalho do potiguar criado às margens do rio Potengi com uma declaração de amor à natureza e um pedido de socorro. “A luta pelo verde pressupõe o direito de apreciar o ambiente a ele indispensável. A pintura de Vatenor tem, assim, teor de um vaticínio severo: se negligenciarmos com o verde (vale dizer, com as dunas, os mares, as florestas, fauna e flora juntas) legaremos às gerações futuras uma paisagem mais próxima do mundo empoeirado e sufocante de ‘Blade Runner’ do que dos cajueiros e de sua brisa suave que sopra das telas de Vatenor”.

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