Dilma Roussef e o ex-presidente Lula fazem carreata em São Bernardo do Campo

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Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Candidata à reeleição, Dilma participou nesta terça-feira de uma caminhada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. A presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu a criminalização da homofobia e declarou que está preocupada com as propostas de sua principal concorrente, Marina Silva (PSB), que, nas suas palavras, podem “reduzir a pó” a política industrial.

Aproveitando o recuo de Marina Silva (PSB) nas questões de defesa do direito LGBT em seu programa de governo, Dilma disse que o combate à homofobia não tem a ver com preferências religiosas.

– Não tem nada a ver com questão religiosa, com o Estado brasileiro estar interferindo onde não pode. É reprimir, criminalizar qualquer ato que signifique ferir uma pessoa baseado em critérios não civilizados – disse Dilma.

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Questionada sobre a demora para votar o PL 122, que criminaliza a homofobia, a presidente disse que o trâmite do projeto segue o ritmo normal, negou que o Executivo tenha pedido adiamento da votação e disse que seu governo está “comprometido com o combate desse tipo de violência”.

Ao falar da economia e discursando para uma plateia formada por metalúrgicos, que trabalham, sobretudo na produção de carros, Dilma disse que as propostas de Marina afetarão as indústrias automobilística e naval.

– Fiquei muito preocupada quando ouvi que a proposta da candidata Marina reduz a política industrial. Nós temos uma única métrica: se gera emprego é bom para o país. Se não, é ruim – falou.

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As críticas a Marina continuaram quando a petista disse que não existe democracia sem partido político e disse não entender a “demonização” a partidos, sem citar a candidata do PSB.

Com relação à reforma política, a presidente afirmou que vai receber propostas de movimentos populares no domingo, Dia da Independência, e que quer votar a reforma em forma de plebiscito, sem dar mais detalhes.

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Foto: Ichiro Guerra/Dilma13

Em discurso na porta da igreja catedral de São Bernardo, ao final da caminhada, Dilma e Lula tentaram deixar claro a posição de sua candidatura como contraponto a Marina. Segundo Lula, para quem quer manter as conquistas dos governos do PT não há “dois candidatos, nem um e meio”. Dilma, ao citar os oponentes, falou apenas o nome de Marina.

– A diferença entre nós e a Marina e os demais é que nós colocamos no centro das preocupações as pessoas e a questão do emprego.

Depois, criticou um ponto que já havia batido no debate do SBT: a falta de explicações para o financiamento dos programas de governo da Marina:

– Se a pessoa não te explica como (vai fazer as coisas), está te enganando.

Em um discurso de pouco mais de dez minutos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou falar sobre os outros concorrentes ao Palácio do Planalto. Lembrou as lutas dos sindicalistas no ABC, falou do avanço na geração de emprego nos governos do PT e cobrou engajamento dos militantes para convencer os eleitores que ainda estão indecisos.

– Enquanto a Europa mandou embora 62 milhões de trabalhadores, aqui no Brasil foram criados 11 milhões de postos de trabalho. Só com a Dilma foram 4,5 milhões.

Ao falar sobre as qualidades de Dilma, disse que ela tem defeitos e que “como dona Marisa e todas as mulheres”, ela é mandona.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, também citou o nome de Marina:

– Nossa adversária vem com conversinha mansa que é da nova política. Qual é a nova política, dona Marina? Você deixou seu programa de governo para os banqueiros fazerem. Quem faz programa com os companheiros, na rua, somos nós.

Fonte: O Globo

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