Foto: Mariana Di Pietro
O presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), disse que a saída praticamente certa da presidente da Petrobras, Graça Foster, e de toda a diretoria da estatal deveria ter ocorrido há muito tempo para evitar, entre outras perdas, a queda brusca de investimentos estrangeiros à empresa. “Acredito que a solução deveria ter ocorrido há mais tempo. Não por questões pessoais ou por mérito ou demérito da titular, mas por questão da imagem da estatal perante os segmentos financeiros”, ressaltou o senador potiguar.
Nesta terça-feira (3), a presidente Dilma Rousseff se reuniu, no Palácio do Planalto, por mais de duas horas com Graça Foster e a saída de toda a diretoria da estatal está prevista para o final do mês. A presidente da Petrobras já havia colocado o cargo à disposição outras duas vezes, mas a chefe do Executivo não aceitou o pedido de demissão. O motivo para Dilma Rousseff, desta vez, acatar a saída de Graça Foster deve-se ao recente anúncio de que a corrupção levou a estatal a ter um prejuízo de mais de R$ 88 bilhões.
“A crise de imagem da Petrobras deve-se, em grande medida, à manutenção da diretoria. Graça Foster é uma espécie de símbolo da manutenção da diretoria”, afirmou José Agripino. “O que demorou foi haver a sinalização de que o governo entendia uma situação de doença e estava hesitando em adotar posição corretiva no rumo de equacionar uma gestão vista claramente como defeituosa”,acrescentou Agripino.