Lava Jato paira sobre Eduardo Cunha e mais 16 membros do novo Congresso

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Foto: Divulgação

Embora o governo busque minimizar no discurso a disputa que colocou o PT contra o PMDB na disputa pela Câmara passada a eleição, congressistas ligados ao governo afirmam, um dia depois da derrota, acreditar que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) terá muita dificuldade pela frente por causa da Operação Lava Jato, da Poícia Federal. O dia da verdade para o novo Congresso pode vir somente depois do carnaval, quando deverá ser divulgada a lista de parlamentares envolvidos com o suposto esquema de desvios na Petrobras. Entre os nomes que já apareceram nas investigações, há 16 outros membros da nova legislatura, além de Cunha, todos empenhados até agora em negar as acusações. Desses, 15 pertencem à base e um à oposição.

Governistas torcem por um impacto na direção de Cunha, mas, para a oposicionistas, é Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, quem tem mais risco de ter seu mandato abreviado. Apesar das denúncias relacionadas à Operação Lava Jato, deputados e senadores inicialmente citados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) apostam na fragilidade das provas levantadas até o momento para evitar sobressaltos.

No caso específico do presidente da Câmara, o iG apurou que ele já monta uma espécie de operação-abafa junto com os demais parlamentares que já foram citados na Lava Jato. Além disso, a própria defesa de Cunha acredita que ele não deve ser totalmente atingido pelas revelações tanto do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, quanto do doleiro Alberto Youssef. No entanto, mesmo com essa citação, Cunha já trabalha nos bastidores para que eventuais denúncias não recaiam sobre ele. Tanto que ele defende a reinstalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Petrobras justamente por entender que existem outros parlamentares em situação muito mais complexa que a dele.

Eduardo Cunha recebeu 267 votos e foi eleito presidente da Câmara dos Deputados

iG

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