Segundo o presidente da Câmara Municipal de Caicó, Nildson Dantas, a saúde pública no município é uma questão que necessita de mais atenção dos órgãos competentes. A realidade nos mostra uma rede hospitalar desestabilizada onde as políticas públicas são incoerentes e desrespeitam a sociedade.
“É vergonhoso ver nossas crianças, idosos e pessoas simples morrendo em leitos e corredores dos hospitais públicos, ora por falta de atendimento, ora por falta de remédios. Outro aspecto relevante desse quadro em Caicó diz respeito aos profissionais da área que chegam ao ponto de serem obrigados a fazerem ameaças de parar suas atividades justamente pela falta de condições no atendimento das pessoas”, lamentou Nildson.
“Estamos diante de uma situação onde as vítimas somos nós mesmos. A falta de estrutura, remédios, soro e a superlotação, dentre outros, no Hospital Regional do Seridó, uma unidade hospitalar de referência para a região, são dilemas que necessitam ser revistos. Para se ter uma ideia, nas últimas 24 horas três pessoas foram a óbito naquela unidade pela falta de condições no atendimento.”, continuou o presidente.
O médico de plantão na UTI do Hospital Regional nesta terça-feira (05), Belísio Neto, disse que atende lá desde 2007 e nunca tinha visto uma situação tão desesperadora, tanto para os profissionais que lá trabalham, quando para a população que precisa de atendimento. Ele relatou que iniciou seu plantão sem ter dipirona, soro, sem ter quaisquer insumos básicos que muitas vezes as pessoas têm até em casa e que o Hospital Regional não tem. “Temos os profissionais de plantão, mas não temos o que fazer para amenizar as dores do paciente”, reconheceu o profissional.
Preocupado com esse caos instalado no Hospital Regional, Nildson Dantas foi à tarde conversar com pacientes, funcionários, administradores e com o Belísio, que era o plantonista naquele momento. “Quero demonstrar a minha indignação com a situação do Hospital Regional. Observei que o local nunca esteve numa situação tão delicada como agora. Constatamos que falta de tudo, o paciente é atendido pelo médico e não pode receber a medicação porque simplesmente ela não existe para ser aplicada. Quero demonstrar minha revolta com essa situação e quero pedir urgentemente ao governador Robinson Faria que viesse a Caicó, pois já se passaram quatro meses de seu governo e as pessoas ainda esperam que ele possa dar uma resposta positiva, mas nesse período a população sente que está sem a presença desse governo”, reclamou o presidente.
Nildson também reclamou da ausência do secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, que ainda não veio a Caicó.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Caicó
