Foto: Reuters/Joao Castellano
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta quinta-feira (11) uma nota em que se posiciona contra o uso de símbolos religiosos durante a Parada do Orgulho LGBT, realizada no último domingo (7).
Viviany Beleboni chocou parte dos participantes encenando o sofrimento de Jesus na cruz durante a Parada Gay. Ela ficou “crucificada” durante todo o evento, em cima de um dos trios
Na nota, que leva a assinatura de dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, a CNBB afirma que o Parada Gay mostrou “manifestações de desrespeito à consciência religiosa de nosso povo e ao símbolo maior da fé cristã.”
O estopim para os protestos religiosos – não apenas de católicos mas também de evangélicos – foi a aparição da transexual Viviany Beleboni. Usando apenas uma coroa de espinhos e pano na altura dos quadris, ela apareceu como se estivesse ensanguentada e presa a uma cruz sob uma placa com os dizeres “Basta homofobia GLBT”.
Além de Viviane, outros manifestantes usaram símbolos religiosos durante a Parada, como crucifixos e faixas com dizeres considerados ofensivos pelos religiosos.
No texto, que elenca oito postos, os bispos citam o Código Penal para afirmar que é crime o desrespeito a símbolos, orações, pessoas e liturgias das religiões e apelam aos “responsáveis pelo Poder Público, guardiães da Constituição e responsáveis pela ordem social e pelo estado democrático de direito, que defendam o direito agredido.”