Senadores são impedidos de visitar opositores na Venezuela

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Foto: Twitter/ Deputada María Corina Machado

O grupo de senadores brasileiros que chegou nesta quinta-feira à Venezuela  para se encontrar com opositores venezuelanos presos foi impedido de completar o trajeto de cerca de 20 quilômetros entre o aeroporto Simón Bolívar, em Maiquetía, até a capital Caracas, e por isso teve que retornar ao terminal, segundo a “Agência Senado”.

Os senadores chegaram hoje às 12h30 locais (14h de Brasília) ao aeroporto e foram recebidos por Lilian Tintori e Patricia Gutiérrez, esposas dos políticos presos Leopoldo López e Daniel Ceballos, respectivamente, assim como por outros opositores ao governo de Nicolás Maduro.

No entanto, o ônibus que levava Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Sérgio Petecão (PSD-AC) e José Medeiros (PPS-MT) foi cercado por manifestantes.

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De acordo com a “Agência Senado” e relatos dos senadores no Twitter, o veículo encontrou bloqueadas por outros ônibus as vias de acesso ao presídio onde está Leopoldo Lopez, líder do partido opositor Vontade Popular, e voltou ao terminal aéreo, mas o encontrou fechado.

“#ALERTA Acessos a #Caracas desde Maiquetía totalmente trancados e impedem deslocamento de senadores brasileiros”, disse o Vontade Popular no Twitter.

Por sua vez, a líder opositora María Corina Machado, que também fez parte do grupo que recebeu os senadores no aeroporto, escreveu na mesma rede social: “Totalmente obstruída a estrada (…) porque “estão limpando os túneis” e por “protesto”.

“Se (o) regime achou que obstruindo todas as vias (…) impediriam que os senadores constatassem a situação direitos humanos na Venezuela, conseguiram o contrário”, afirmou María Corina, acrescentando que “em menos de três horas os senadores brasileiros já sabem o que significa viver em ditadura hoje na Venezuela”.

Os senadores esperavam, com esta viagem, visitar os políticos presos, assim como alguns dos opositores que fazem greve de fome, dentro e fora de penitenciárias, incluindo Leopoldo López que, está há 25 dias sem comer.

Exame.com

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