O andarilho começou a caminhada rumo a 2018. Eu sempre comentei que o governador Robinson Faria(PSD) após os resultados das urnas de 02 de outubro passaria a compor o seu bloco político com vistas as eleições estaduais em 2018. Robinson, como sinalizei em outras postagens, não colocaria o seu futuro político em jogo em razão de retribuição de amizades ou de apoios no passado.O tempo mudou, hoje vale a seguinte máxima: “Em política máxima ganha de três quem tem quatro, e ganha de quatro quem tem cinco”. Com todos os números nas mãos e enfrentando um início de governo cheio de incertezas, entrar de cabeça na política municipal do ano passado em razão simplesmente dos velhos tempos era sem dúvida uma tentativa de suicídio político.
Pois bem, passou 2016 e o governador do RN não tem nenhuma dificuldade para abrir as portas do governo aos prefeitos eleitos e reeleitos. Robinson não se queimou com nenhum político que possa causar qualquer prejuízo ao seu futuro político. Em Mossoró o governador foi mais que habilidoso, foi comedido e visionário. Com os números das intenções de voto nas mãos e sendo sabedor de que o então prefeito candidato a reeleição não subiria nas pesquisas, chamou o então correligionário em particular e tentou convencê-lo sobre o insucesso iminente de sua reeleição. Não convencendo o correligionário e não sendo compreendido por par Francisco José e parte de seus familiares, Robinson preferiu manter-se em silêncio na terra de Santa Luzia, comportamento que hoje facilita sua possível aproximação com a classe política governista de Mossoró.
A prova de fogo do governador vencida em Mossoró – segundo reduto eleitoral do estado com 167.108 votantes – sinaliza que estar com a caneta nas mãos, mesmo com pouca tinta é algo muito poderoso.
Sem um nome forte para enfrentá-lo na oposição, o governador, mesmo convivendo com grandes dificuldades na sua gestão consegue enxergar uma luz no fim do túnel capaz de descortinar “um céu de brigadeiro”. Penso que o maior desafio de Robinson é vencer a criminalidade e colocar os salários dos servidores do estado em dia, conseguindo vencer essas duas etapas o tempo fecha para a “oposição”. Penso assim, posso estar errado, mas também posso estar certo.
REMAR CONTRA A MARÉ NÃO É UMA FAÇANHA PARA QUALQUER UM
