MASSACRE EM PRESÍDIO DE MANAUS DEIXA 55 DETENTOS MORTOS

Uma rebelião no Complexo Penitenciária Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, deixou 55 detentos mortos — a primeira informação dava conta de 60 mortos. O levante na unidade começou na tarde de domingo, e a situação foi controlada apenas durante a manhã desta segunda-feira, após pouco mais de 17 horas.

O secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, falou que se trata de um “massacre” provocado pela briga entre as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), originária de São Paulo, e a Família do Norte, do Amazonas. A maioria dos mortos pertence ao PCC. “Esse é mais um capítulo da guerra silenciosa que o narcotráfico mergulhou o país”, afirmou.

Ao menos 12 guardas prisionais foram feitos reféns e posteriormente liberados sem ferimentos. O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Pedro Florêncio, afirmou que alguns presos agredidos foram encaminhados para hospitais da região.

Foto: Marcio Silva/AFP / Policiais patrulham área em volta do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, após rebelião que deixou dezenas de mortos e feridos, no Amazonas – 02/01/2017

Esta é a segunda rebelião mais letal da história do sistema prisional brasileiro, ficando atrás apenas do Massacre do Carandiru, ocorrido em São Paulo em 1992, no qual 111 presos foram assassinados pelas tropas da Polícia.

O juiz Luís Carlos Valois, que esteve no Compaj para negociar o fim da crise disse que viu muitos corpos e que era difícil precisar o número de mortos “pois muitos estavam esquartejados”. “Nunca vi nada igual na minha vida, aqueles corpos, o sangue”, afirmou.

No domingo seis detentos foram decapitados e tiveram seus corpos arremessados para fora da unidade. Para as autoridades, o grau de crueldade com que os presos foram mortos são um sinal de que a intenção foi mandar um recado para os rivais.

Do El País

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