Foto: Fabiano Rocha / O GLOBO Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal com o material apreendido durante a operação no apartamento do ex-procurador Marcello Miller
Agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) cumprem, na manhã desta segunda-feira (11), cinco mandados de busca e apreensão nas casas do ex-procurador Marcello Miller, no Rio de Janeiro, dos empresários Joesley Batista e Ricardo Saud, em São Paulo, de Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, também em São Paulo. Joesley e Saud foram presos neste domingo (10) após determinação judicial.
Os policiais federais e os agentes do MPF chegaram à casa de Miller, na Lagoa, Zona Sul do Rio, às 6h e saíram por volta das 7h50, carregando uma bolsa e uma mochila. Eles procuravam por documentos que provem a ligação entre o ex-procurador e os empresários. Na última sexta-feira (8), o ex-procurador prestou depoimento por 10h na sede da PF no Rio.
Enquanto ocorria o depoimento, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à Justiça que decretasse a prisão de Miller, assim como dos empresários do grupo J&F. Segundo Janot, há indícios de que o ex-procurador cometeu crimes de organização criminosa, obstrução das investigações e exploração de prestígio.
A operação, batizada como “Bocca”, foi inspirada em uma escultura italiana chamada “Bocca della Verità”, que lembra uma espécie de “detector de mentiras”. Acredita-se que se alguém colocar a mão na boca da escultura e estiver mentindo, a boca morde a mão do mentiroso.