ALIADOS DE AÉCIO QUEREM VOTAÇÃO SECRETA NO SENADO

Foto: Divulgação

A votação sobre o retorno ou não do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) ao mandato vai provocar novo embate entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF). Interlocutores do senador mineiror relatam que, nos últimos dias, ele está muito pessimista e assustado com a possibilidade de um resultado negativo, em função das últimas votações na Casa e decisões da Corte, quando seus pleitos foram derrotados. Além do PSDB, dirigentes do PMDB e senadores de outros partidos da base defendem a votação secreta, para facilitar um voto pró-Aécio, sem desgaste perante o eleitorado.

Já há o entendimento entre a maioria dos membros da Mesa do Senado de que a votação para avalizar ou derrubar a decisão da Primeira Turma do STF sobre o afastamento e reclusão noturna de Aécio deverá ser secreta, como prevê o regimento da Casa para casos de cassação de mandato senadores, ministros do Supremo e procuradores.

A situação do senador afastado ficou fragilizada com a decisão do PT de fechar questão contra seu retorno ao mandato. A esperança de seus aliados é que, com uma votação secreta, ele poderia ter votos mesmo na oposição.

Como o artigo da Constituição que previa votação secreta foi suprimido e a regra ficou indefinida, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) prepara um mandado de segurança para impetrar ainda no final de semana no Supremo para garantir a votação aberta. Nas duas votações envolvendo Delcídio Amaral — da sua prisão e cassação — o voto foi aberto. Na época, além de pelo menos três mandados de segurança no STF, acatados pelo ministro Edson Fachin, o vice-presidente do Senado e então líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB) apresentou questão de ordem , aprovada pelo plenário, para que a votação fosse aberta.

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