Foto: Jonas Pereira/Agência Senado.
Pela primeira vez a disputa pela presidência será mais acirrada no Senado do que na Câmara. Se Rodrigo Maia (DEM-RJ) pavimentou sua reeleição com uma costura que reúne mais de 15 partidos, entre os senadores o cenário é de ineditismos e incertezas. De maneira inédita, há chances reais de o MDB perder o controle da Casa depois de quase 20 anos, de uma mulher concorrer ao comando do Congresso e de haver votação em segundo turno. Ou de um candidato se eleger com o apoio de menos da metade dos parlamentares.
Pelo menos nove candidatos estão na corrida, número que, se for mantido, será de longe um recorde: desde a redemocratização, nunca houve mais do que três nomes na disputa. A votação para a presidência do Senado deve começar às 18h desta sexta-feira (a posse está marcada para as 15h) e, conforme o andamento das discussões, a definição poderá ser empurrada para o sábado (2).
Entre as questões regimentais a serem resolvidas que poderão ser decisivas para o resultado estão: quem presidirá a sessão, se a votação será aberta ou secreta, e se haverá segundo turno se nenhum dos candidatos obtiver 41 votos, a maioria absoluta da Casa.
A um dia da votação, nove senadores se declaram abertamente candidatos ou são tratados pelos pares como tais: Alvaro Dias (Podemos-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Espiridião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Reguffe (sem partido-DF), Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
A bancada do MDB, que encolherá de 18 para 13 integrantes, reúne-se nesta quinta (31), às 17h, para fazer a escolha entre Renan e Simone Tebet. A bancada se encontrou na última terça (28), mas não chegou a consenso. A ex-líder do partido admite concorrer de maneira avulsa mesmo se for derrotada na disputa interna.
Por: Congresso em Foco.