Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo.
O Jornal Folha de São Paulo deu destaque a ação da Justiça de São Paulo rejeitou queixa-crime ajuizada pelo empresário Potiguar Flávio Rocha, dono da Riachuelo, contra o Coordenador Geral do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL-SP) por injúria e calúnia. Na época, os dois eram pré-candidatos à Presidência quando Boulos postou no Twitter que Rocha era “um tremendo hipócrita, cuja empresa foi condenada por trabalho escravo”, em razão de suas afirmações sobre querer salvar os pobres da miséria.
Segundo o documento expedido, o uso da palavra “hipócrita” é pertinente, pois, no discurso, “o autor privado [também pré-candidato à Presidência da República]agia de forma adversa daquilo que pregava em suas atividades comerciais”.
“Não é aceitável excesso de suscetibilidade de quem deseja concorrer a cargo com exposição política e pública”, dizia a Juíza do caso.
Uma recomendação do Ministério Público de São Paulo pedia à rejeição da queixa-crime.
Guilherme Boulos usou suas redes sociais para falar sobre o caso e disse: “O promotor deu uma aula sobre o significado de hipocrisia e concluiu que neste caso “há pertinência no uso da palavra”. A juíza aceitou e mandou arquivar. Pois é, Flavio, aceita que dói menos”.
“Ao contrário do que afirmou à época Guilherme Boulos, a Riachuelo jamais foi indiciada, citada e muito menos condenada por trabalho escravo”, afirmou a defesa de Rocha.
