MINISTRO DO TURISMO DIZ QUE NÃO HOUVE CANDIDATURAS-LARANJA EM MG E QUE ESTÁ ‘MUITO TRANQUILO’

Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou nesta quarta-feira (10) que não houve candidaturas-laranja em Minas Gerais nas eleições de 2018 e que, por isso, está “muito tranquilo” sobre as investigações do caso, pois sempre agiu dentro da legislação.

O ministro participou nesta quarta de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado.

Desde fevereiro, a Justiça de Minas Gerais apura supostas irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha pelo PSL a quatro candidatas nas eleições de 2018.

A investigação, que tramita na Justiça de Minas Gerais, apura irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha pelo PSL a quatro candidatas a deputado estadual e federal no estado, nas eleições de 2018. Elas tiveram votações pouco expressivas, embora tenham recebido dinheiro da sigla, o que levantou a suspeita de uso de candidaturas-laranja.

O ministro do Turismo presidia o diretório do partido em Minas Gerais durante as eleições e parte do dinheiro enviado às quatro candidatas, segundo as investigações, foi devolvido a assessores ligados ao ministro.

“Quero reafirmar que o PSL de Minas sempre agiu estritamente dentro da legislação eleitoral. Não houve candidaturas-laranja em Minas. A Polícia Federal e o Ministério Público são responsáveis pelo inquérito, são instituições seríssimas que estão tratando com todo zelo e que, ao final do processo, eu vou provar com muita clareza que eu nunca promovi ou orientei ninguém a fazer qualquer situação dessa natureza. Portanto, estou muito tranquilo em relação a isso”, disse o ministro no Senado.

Desde que o caso veio à tona, o presidente Jair Bolsonaro tem sido questionado sobre se a situação do ministro causa constrangimento ao governo. Em mais de uma ocasião, o presidente defendeu que é preciso que as investigações continuem antes de qualquer decisão ser tomada.

“Obviamente, o presidente Jair Bolsonaro é uma pessoa justa. O que ele está dizendo é que não vai tomar nenhuma medida com acusações. Acredito que o inquérito vai ser a melhor oportunidade para que eu possa comprovar minha lisura em todas as ações a frente do partido em Minas”, disse Álvaro Antônio.

Depoimento à PF

No mês passado, em depoimento à Polícia Federal, a filiada do PSL Zuleide Oliveira acusou Álvaro Antônio de chamá-la para ser candidata-laranja nas eleições do ano passado. Segundo Zuleide, o ministro teria organizado sua candidatura para que ela pudesse receber – e depois devolver – verbas ao partido, desviando dinheiro público da campanha.

O ministro negou a acusação e disse que Zuleide “mente descaradamente”. O caso vai ser investigado pelo Ministério Público Eleitoral e pela PF.

Outras candidatas do PSL mineiro já são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por suspeita de candidatura-laranja na eleição passada. As investigações apuram a denúncia de que o dinheiro enviado às candidatas teria sido devolvido a assessores do ministro Marcelo Álvaro Antônio.

Por: G1.

 

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