DEFESA DE SUSPEITOS DE HACKEAR MORO DIZ QUE MOVIMENTAÇÃO DE R$ 627 MIL É NATURAL

O assunto desta quinta-feira continua sendo a prisão temporária dos suspeitos de hackear celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades.

O advogado Ariovaldo Moreira, que está defendendo Gustavo Elias Santos (foto), o DJ de Araraquara, afirmou na noite de ontem que seu cliente ouviu de Walter Delgatti Neto, outro dos quatro presos pela PF (Polícia Federal), que a intenção era vender as mensagens “hackeadas” do celular de Moro ao PT.

O partido respondeu, por meio de nota, dizendo que “as investigações da PF sobre as pessoas presas em São Paulo confirmam a autenticidade das conversas ilegais e escandalosas que Moro tentou desqualificar nas últimas semanas” e que “é criminosa a tentativa de envolver o PT num caso em que é Moro que tem de se explicar e em que o maior implicado é filiado ao DEM”.

Moreira também disse que Gustavo não sabe se o material foi negociado e afirmou que o cliente não teve envolvimento com a suposta invasão. A defesa do DJ e da mulher dele, Suelen Oliveira, também diz que a movimentação de R$ 627 mil nas contas do casal é natural.

Outra informação que surge nesta quinta é de que a rua Maria do Carmo Ferreira Granato, em Araraquara (SP), foi indicada como o “endereço de instalação de protocolo IP de onde partiram os ataques”, segundo a decisão judicial que determinou a prisão.

Ministros do STF (Superior Tribunal Federal) e integrantes da cúpula do Congresso avaliam que as prisões fortalecem o discurso público do ex-juiz, mas não dão fim aos questionamentos que ele e investigadores de Curitiba estão enfrentando na Justiça e em conselhos de classe. A ala do Supremo crítica à Lava Jato sustenta que o cerne do problema permanece e está no conteúdo das conversas.

Por: Camila Rodrigues da Silva, do UOL

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