PRESO PELA PF DIZ QUE COLEGA QUERIA VENDER MENSAGENS PARA PT

Gustavo Henrique Elias Santos e Walter Delgatti Neto foram presos em ação da PF Foto: Reprodução

Advogado afirmou, contudo, que seu cliente não sabe se a operação foi concretizada

Em um depoimento de mais de quatro horas à Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Spoofing, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos disse nesta quarta-feira que, segundo o amigo Walter Delgatti Neto, as mensagens capturadas de aplicativos do ministro da Justiça, Sergio Moro, e outras autoridades, seriam vendidas para o PT. Santos não soube dizer, no entanto, se o negócio foi concretizado e nem se houve tratativas entre Delgatti e emissários do partido.

“Ele (Walter) falou (para o Gustavo) : Minha ideia é vender para o Partido dos Trabalhadores”.  disse o advogado Ariovaldo Moreira, numa entrevista depois dos depoimentos de Santos e da mulher dele, Suelen Priscila de Oliveira. “Se ele vendeu, se ele não vendeu, se ele entregou esse material gratuitamente para alguém, isso não sabemos”.

Ariovaldo também disse que Gustavo não sabe dizer que se foi o próprio Walter que invadiu os celulares para obter as mensagens:

“Meu cliente diz que ele apresentou isso a ele. Mas se foi o Walter que invadiu, eu não tenho essa informação”.

O advogado disse que os dois são amigos há muitos anos, mas haviam se distanciado. De acordo com ele, Walter apresentou as mensagens de Moro como uma forma de se reaproximar.

Santos, Delgatti, Suelen e Danilo Cristiano de Oliveira foram presos ontem sob a acusação de invadir aplicativos de Moro e outras autoridades. Ao todo, o grupo teria atacado mil celulares. O advogado disse ainda que, segundo Santos, Delgatti era afinado com as ideias do PT. Moreira não soube explicar, no entanto, como Delgatti teria afinidade com o PT se é filiado ao DEM desde 2007.

Por: oglobo.globo.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Topo