GUEDES SONDOU MORO PARA ASSUMIR MINISTÉRIO ANTES DO 2º TURNO, DIZ BEBIANNO

© Antonio Cruz/Agência Brasil Guedes teria conversado com Moro antes de Bolsonaro vencer as eleições

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi convidado para o cargo antes mesmo de Jair Bolsonaro vencer as eleições, segundo o ex-secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. A iniciativa teria partido de Paulo Guedes, que, à época, já havia sido anunciado como futuro ministro da Economia em caso de vitória.

Guedes teria conversado com Moro antes de Bolsonaro vencer as eleições

Bebianno fez a declaração em entrevista ao jornalista Fabio Pannunzio. O vídeo foi divulgado nesse fim de semana em seu canal do YouTube. Bebianno conta que, no dia do 2º turno, foi até a casa de Bolsonaro para acompanhar a apuração dos votos. Lá, foi chamado por Guedes para uma conversa.

“Ele [Guedes] me contou que já tinha tido 5 ou 6 conversas com Sergio Moro e que ele estaria disposto a abandonar a magistratura e aceitar esse desafio como ministro da Justiça”, disse. Antes disso, o próprio Bebianno –que é advogado– esperava ser o indicado para o cargo. Bolsonaro o teria informado disso pessoalmente em outra ocasião.

Na conversa com Guedes, porém, Bebianno disse que o parabenizou pela iniciativa e reconheceu que Moro “tem uma história muito mais relevante” que a dele em relação à Lava  “Nós apertamos as mãos e combinamos o seguinte: se o Moro realmente vier, não tem problema nenhum. Isso no domingo à tarde, antes do resultado”, afirmou o ex-ministro.

O antigo aliado de Bolsonaro disse ainda que, até onde sabe, o então candidato não teve nenhum contato com Moro antes de ser eleito. “Só se eu desconheço, mas de tudo o que eu conheço, e eu estava vivendo ali, nunca houve nenhum contato prévio entre o Moro e o Jair. O que houve foram algumas conversas entre o Paulo Guedes e o Sergio Moro”, afirmou.

Enquanto ainda era juiz da Lava Jato, Moro tornou públicas informações da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci a menos de uma semana do 1º turno das eleições. Opositores viram nessa ação uma tentativa de atingir a candidatura de Fernando Haddad, então candidato do PT à Presidência.

Por: MSN/ Poder360

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