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Em nota, Paulo Klein diz que saiu do caso por “motivos de foro íntimo” e reafirma a inocência do ex-cliente
O advogado Paulo Klein deixou nesta quinta-feira a defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (sem partido- RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Em nota, o advogado alega “motivos de foro íntimo”.
“Paulo Klein, advogado do senhor Fabrício queiroz, vem por meio desta nota informar que não mais representa os interesses dele e de sua respsctiva família, por questões de foro íntimo, nada obstante tenha plena e absoluta convicção da inocência deles com relação aos fatos ora investigados pelo Ministério Público”, diz a nota.
A saída do advogado acontece um dia após operação do Ministério Público para cumprir 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador e a ex-assessores dele na Alerj.
Segundo investigação do MP, Flávio nomeava assessores orientados a devolver parte de seus salários para o grupo; o ex-policial militar Fabrício Queiroz fazia toda a operação de recolhimento da remuneração dos funcionários; e a loja de chocolates de Flávio num shopping da Barra da Tijuca e negócios imobiliários do senador serviam para lavar o dinheiro ilegalmente.
Entre as provas apresentadas para sustentar os pedidos de busca da operação de ontem, os promotores do MP identificaram 483 depósitos de pelo menos 13 ex-assessores na conta bancária de Queiroz, por transferência, cheque ou dinheiro em espécie, num total de R$ 2 milhões; outro grupo de ex-assessores que sacavam quase que integralmente o salário recebido; e conversas em aplicativos de mensagem obtidas no celular de uma ex-assessora.
Também aparecem como indícios que completam o esquema, segundo o MP, depósitos em dinheiro na conta da loja de chocolates de Flávio Bolsonaro e a “grande desproporção” de lucro obtidos entre o senador e seu sócio na loja, embora o contrato previsse 50% de cotas para cada um. O advogado de Flávio Bolsonaro nega as acusações.
Por Juliana Dal Piva / O Globo