BOLSONARO DEFENDE MUDANÇA EM LIVROS DIDÁTICOS: ‘MUITA COISA ESCRITA, TEM QUE SUAVIZAR’

Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira mudanças em livros didáticos, afirmando que atualmente eles têm “muita coisa escrita” e que é preciso “suavizar”. Bolsonaro também afirmou que, a partir de 2021, quando os livros forem feitos por sua gestão, as publicações irão conter a bandeira do Brasil e o hino nacional.

— Tem livros que vamos ser obrigados a distribuir esse ano ainda levando-se em conta a sua feitura em anos anteriores. Tem que seguir a lei. Em 21, todos os livros serão nossos. Feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o hino nacional. Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado… Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro também voltou a criticar o educador Paulo Freire, relacionando suas ideias ao baixo resultado do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

— Falando em suavizar, estou vendo um cabeça branca ali, estudei na cartilha Caminho Suave. Você não esquece. Não esse lixo que, como regra, está aí. Essa ideologia de Paulo Freire. O cara ficou 10 anos e a garotada de 15 anos foi fazer a prova do Pisa e mais da metade não sabe fazer uma regra de três simples.

O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) realiza a compra de livros didáticos em ciclos de quatro anos para cada uma das etapas de escolarização: educação infantil, anos iniciais do fundamental, anos finais do fundamental e ensino médio. O governo abriu em dezembro de 2019, o edital para aquisição de livros didáticos para o ensino médio em 2021. Serão adquiridos livros para trabalhar “Projeto de Vida”; obras didáticas por área do conhecimento ( Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas); livros de formação continuada; obras literárias e conteúdos de recursos digitais. O edital, no entanto, não menciona exigência de Hino Nacional ou bandeira do Brasil.

Bolsonaro afirmou, ainda, que governos de esquerda “acabaram” com o Colégio Pedro II, instituição federal com 14 campi no Rio, Duque de Caxias e Niterói.

Um dos pontos criticados foi o fato do Pedro II autorizar, desde 2016, que os alunos escolham usar saia ou bermuda, independente do gênero, seguindo uma resolução do próprio Ministério da Educação à época.

— O que a esquerda plantou na educação? Plantou militância. Tanto é que o pessoal vota no PT e no PSOL. A molecada (vota no) PT e PSOL. Chegou ao cúmulo de acabar com uma escola como o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Acabaram com o Pedro II. Menino de saia, MST lá dentro. E outras coisas mais que não quero falar aqui.

O Globo

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