VÍDEO: NO RN, BOLSONARO ENALTECE OITICICA E DIZ QUE BARRAGEM “NÃO TEM PREÇO, VALE VIDAS”; PRESIDENTE PROMETE VOLTAR AO ESTADO

Foto: Divulgação/MDR

O presidente Jair Bolsonaro participou de evento para a liberação de recursos referentes à obra da barragem de Oiticica, em Jucurutu, nesta quinta-feira (24). Com tom político em seu discurso, o presidente enalteceu a obra, criticou a imprensa, falou sobre o voto impresso, negou atos de corrupção e disse que só Deus pode tirá-lo do Poder.

Acompanhado dos ministros General Heleno, Rogério Marinho e Fábio Faria, além de deputados federais do Rio Grande do Norte, Bolsonaro assinou repasse de mais R$ 38,2 milhões para a conclusão das obras da Barragem de Oiticica, sendo R$ 18 milhões provenientes de emendas de bancada. A obra faz parte do conjunto de ações do Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado pelo potiguar Rogério Marinho.

A barragem, que vai receber as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, tem, até o momento, 90,81% de execução e deve estar totalmente concluída até dezembro de 2021. As obras são de responsabilidade do estado, com apoio financeiro da União. O investimento total é de R$ 657,2 milhões, sendo R$ 638,2 milhões do Governo Federal. Desde 2019, foram repassados R$ 291,6 milhões para o empreendimento – cerca de 45,7% do valor de repasse.

Em seu discurso, o ministro disse que em três anos o atual Governo Federal concluiu uma obra que demorou mais de 60 anos para sair do papel, em referência à transposição do Rio São Francisco. Sobre Oiticica, que receberá as águas do “Velho Chico”, Rogério Marinho garantiu que a obra será finalizada até o fim do ano, mas fez provocação à ao Governo do Rio Grande do Norte. “A não ser que a governadora não devolva os R$ 20 milhões que faltam”. O ministro acusa do Rio Grande do Norte de permitir a retirada R$ 20 milhões da obra para pagar dívidas, enquanto o Executivo estadual que não irregularidade porque o prazo legal para a reposição dos recursos só se esgota no fim da obra da Barragem de Oiticica.

Já no discurso de Bolsonaro, o presidente carregou no tom político e tratou sobre assuntos polêmicos. Falando sobre a satisfação de estar em Jucurutu, ele elogiou os ministros potiguares e disse que a obra em Jucurutu trará um futuro melhor para todos os moradores da região. “Isso vale vidas, vale o futuro de uma geração, ajuda a fazer os nossos filhos melhores do que nós”, disse. Contudo, o presidente não deixou de relembrar temas que estão em pauta no cenário nacional.

Agradecendo pela grande presença de público no local, Bolsonaro (que esteve sem máscara durante todo evento, assim como os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria, além de outras pessoas que permaneciam no palanque montado) disse que o carinho do povo era o que ele precisava e que não tinha motivo para dar entrevistas.

“Eu não tenho que dar entrevista, não tenho que responder perguntas de muitos idiotas que o tempo todo só veem defeitos na gente. Não estou livre de errar, mas tenho humildade suficiente para dizer quando isso acontece”, disse o presidente.

Sobre voto impresso, Bolsonaro disse que o país tem condições de arcar com os gastos para que haja a impressão dos votos nas urnas eletrônicas e que “democracia não tem preço”. Para ele, a população é favorável à iniciativa e a tendência é que o Congresso Nacional aprove a mudança.

“Tenham certeza, que se passar pelo parlamento, nós teremos voto impresso no ano que vem. Como eu e o parlamento brasileiro encarnamos a vontade popular, essa vontade será feita no ano que vem. Sempre eu disse que a democracia não tem preço. Temos recursos para comprar as urnas com as respectivas impressoras. Queremos que as pessoas, após votarem, tenham a certeza de para quem foi o voto”, disse o presidente.

Sob gritos de mito, Bolsonaro negou que qualquer ato de corrupção com relação à compra das vacinas da Covaxin, mas garantiu que vai apurar e que seu Governo não tem irregularidades. Segundo ele, o Governo Federal não recebeu nenhuma vacina das que são relatadas e, se for comprado qualquer ato de irregularidade, vai apurar para punir os envolvidos.

“Para a tristeza de poucos, temos um governo que completa dois anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção. Não adianta inventar vacina. Não recebemos uma dose sequer dessa que entrou na ordem do dia da imprensa ontem. Nós temos o compromisso de que, se algo estiver errado, apuraremos. Mas graças a Deus, até o momento, graças à qualidade dos nossos ministros, não temos um só ato de corrupção em dois anos e meio”, disse o presidente. “Quero agradecer do fundo do coração a recepção calorosa a todos do nosso Governo e do parlamento. Bem lá na frente, entregaremos o Governo muito melhor do que nós recebemos”, finalizou. Com informações da Tribuna do Norte.

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