AO VIVO: CPI DA COVID OUVE EMANUELA MEDRADES, DA PRECISA MEDICAMENTOS; DIRETORA DIZ QUE PERMANECERÁ EM SILÊNCIO

Emanuela Medrades chega ao Senado para depor na CPI da Covid Foto: Agência Senado

A diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, que depõe na CPI da Covid, no Senado, anunciou que fará uso do habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que não responda às perguntas dos senadores.

A Precisa é a empresa que intermediou a venda da vacina indiana Covaxin, cujo processo de aquisição é investigado pelo colegiado devido a irregularidades no documento e uma suposta pressão atípica denunciada por servidores do Ministério da Saúde para sua aprovação. A Precisa foi responsável por fechar um contrato de R$ 1,6 bilhão com o governo federal para aquisição do imunizante, alvo de inquérito também do Ministério Público Federal (MPF).

Questionada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) se usaria o direito de permanecer em silêncio, a depoente afirmou:

— Por orientação do meu advogado, vou permanecer em silêncio.

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Emanuela Medrades também se negou a prestar juramento de dizer a verdade à CPI. O presidente da CPI, no entanto, destacou que o habeas corpus dado pelo STF é parcial.

— A depoente tem habeas corpus muito claro do ministro Fux, caso não cumpra ela estará descumprindo uma decisão do próprio Fux. Só ficará em silêncio se auto incriminar — disse Aziz.

Nesta segunda-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, autorizou Emanuela Medrades a ficar em silêncio no depoimento, mas não permitiu que ela faltasse à audiência, como ela havia pedido. Medrades poderá deixar de falar sobre fatos que a incriminem, mas terá que responder a outras perguntas.

Em entrevista coletiva antes do início da sessão, Aziz, disse que Medrades teria feito uma sessão de media training para que ela se preparasse para responder as perguntas do colegiado. Segundo o senador, Medrades teria “perdido a cabeça várias vezes” e, por isso, seus advogados a aconselharam a não responder os senadores.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) defendeu uma reunião com o presidente do STF para que as decisões da CPI não sejam constantemente revogadas pela Corte. Ele sugeriu que Omar Aziz e o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), procurem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para fazer esse diálogo com o STF.

O Globo

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