Ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias chega para prestar depoimento à CPI da Covid, no Senado – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira (7) o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Ele foi exonerado do cargo em junho, depois da denúncia de que teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Dias nega a acusação.
A denúncia foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Em depoimento à CPI, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, Dias teria cobrado US$ 1 por dose.
Roberto Ferreira Dias negou, em fala inicial à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, ter pedido propina ao cabo da PM mineira e vendedor autônomo da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira.
Também disse que a mensagem enviada na noite de 20 de março deste ano ao servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), se tratava do desembaraço da importação de doses da AstraZeneca, e nada teria a ver com o processo de compra da Covaxin. Segundo Dias, o lote da vacina chegaria no dia seguinte ao aeroporto de Guarulhos (SP), com presença do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.