Foto: Gerlane Lima
Travada mesmo antes de começar por causa de duas ações judiciais em curso, a CPI da Covid no Rio Grande do Norte só deve ser instalada na Assembleia Legislativa no segundo semestre, após o recesso parlamentar. Pelo menos é o que acredita o deputado Kelps Lima (Solidariedade), um dos principais defensores da investigação dos contratos do Governo do Estado durante a pandemia do coronavírus.
“Esta semana que está se iniciando é a última antes do recesso, então, é possível que a instalação fique para o retorno. Essa briga do governo de tentar adiá-la deve durar ainda esta semana”, disse Kelps Lima, durante entrevista nesta segunda-feira (12) ao Jornal 96. Segundo o parlamentar, “a bancada governista não fez nada de ilegítimo, mas o intuito das manobras é postergar até achar um elemento para barrar a CPI”.
O deputado disse ainda que a bancada governista errou na leitura do regimento e calculou mal questão da composição da comissão. “A gente montou a estratégia de montar um grande bloco, pois, pelo regimento, é privilegiado quem possui blocos grandes. O governo fracionou seus blocos e, o que é pior, caso o deputado Jacó Jácome perca a ação, o PT perde a vaga”, explicou.
Na atual contagem, o bloco suprapartidário da oposição, com seis partidos, terá três vagas na CPI. Os indicados são os nomes dos deputados Kelps Lima (Solidadaridade), Gustavo Carvalho (PSDB) e Getúlio Rêgo (DEM). Ficaram como suplentes os Galego Torquato, Nelter Queiroz e Tomba Farias. E as duas vagas que restaram para o bloco da situação ficaram com os deputados George Soares (PL) e Francisco do PT. Os suplentes são Ubaldo Fernandes e Isolda Dantas.
Caso o PT perca a vaga, destacou Kelps Lima, o deputado Francisco do PT, não mais poderá ser o relator da CPI, como estava previsto. “Se Jacó ganhar a causa, terá que ser feito um recálculo das vagas. Eu já fiz a simulação e inclusive já chancelei na própria Procuradoria da Assembleia”, afirmou o parlamentar. Com informações do No Minuto com 96FM.