FORÇAS ARMADAS PROMETEM REAÇÃO “MAIS DURA” CASO CPI VOLTE A CITAR CORRUPÇÃO ENTRE MILITARES

Da esq. para dir., comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier Santos, o ministro da Defesa Braga Neto, o comandante da FAB, Carlos de Almeida Baptista Junior, e do Exército, Paulo Sérgio Nogueira | Foto: Reprodução

Criticados por grande parte do Congresso Nacional, integrantes da cúpula das Forças Armadas prometem uma reação “mais dura”, caso a CPI da Covid volte a fazer citações a suspeitas de corrupção envolvendo militares. Membros das Forças ouvidos pela coluna afirmaram que “não aceitarão serem desrespeitados” pela CPI e que as próximas manifestações podem ter respostas mais críticas. Eles não detalham, porém, quais respostas seriam essas.

A expectativa da cúpula militar é que, após a manifestação pública de ontem, integrantes da CPI pensem duas vezes antes de fazer qualquer menção entre a instituição e as denúncias de corrupção na Saúde, que estão no centro das investigações.

O presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), foi claro em dizer que suas declarações se referiam a alguns integrantes das Forças Armadas que atuam no governo, e não à instituição.

Os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica não só referendaram como também participaram da elaboração da nota publicada ontem pelo Ministério da Defesa, em repúdio às declarações de Aziz sobre corrupção entre parte dos militares. O presidente Bolsonaro também passou boa parte do dia focado na articulação da resposta à comissão.

Aziz reagiu publicamente e disse que o ato é uma tentativa de intimidação ao Senado. Posteriormente, afirmou que não vai mais se manifestar sobre o caso.

Durante o depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística, Roberto Ferreira Dias, nesta quarta-feira, Aziz disse que “os bons das Forças Armadas devem estar envergonhados” pelo envolvimento de militares nas suspeitas de negociações de vacinas do Ministério da Saúde.

Ontem, Dias atribuiu ao ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, a responsabilidade da compra de imunizantes na gestão do general Eduardo Pazuello. Hoje ambos ocupam cargos no Palácio do Planalto.

Agência O globo/Por Bela Megale

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