Foto: Arquivo/Junior Santos
O Rio Grande do Norte registrou alta de 13,1% no número de mortes violentas intencionais entre 2019 e 2020, segundo dados do Fórum Nacional de Segurança Pública. A entidade publicou nesta quinta-feira (15) a nova edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com dados compilados das 27 unidades da federação e do Distrito Federal.
Para o levantamento, o Fórum considera a soma de homicídios dolosos (quando há intenção de matar), latrocínios (roubo seguido de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial.
O Fórum aponta que o Rio Grande do Norte registrou 1.344 em 2020, contra as 1.264 ocorridas em 2019. O aumento analisado quebra a sequência de redução de mortes violentas iniciada em 2018, quando houve decréscimo de 18% nos registros de óbitos em comparação ao mesmo período de 2017 — redução de 2.355 para 1.926.
O levantamento do Fórum também lista o aumento no registro de armas de fogo pela população em geral. No Rio Grande do Norte, segundo o anuário, houve alta de 36% no número de armas legalizadas entre 2020 e 2019. A subida foi 6.367 para 8.685 novos registros de armas, de acordo com os dados compilados pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm)
A exemplo do Rio Grande do Norte, o Brasil também interrompeu uma sequência de dois anos em queda e voltou a registrar aumento de homicídios em 2020. Ao todo, foram notificados 50.033 assassinatos no País.
Com isso, a taxa do Brasil chegou a 23,6 homicídios por 100 mil habitantes em 2020 – resultado pior do que no ano anterior, quando foi registrado o menor índice da década (22,7), mas ainda melhor do que nos demais anos desde 2011. Em 2019, o número total de assassinatos havia sido 47.742.
Segundo o relatório, a alta das mortes violentas aconteceu em 16 das 27 unidades federativas, de forma mais acentuada na região Nordeste. A situação mais preocupante foi constatada no Ceará, que notificou 4,1 mil assassinatos e crescimento de 75,1% em relação ao ano anterior. O mesmo Estado havia sido recordista de queda em 2019.
Em todo o Brasil, o número de armas de fogo também apresentou alta nos registros. Em 2020 o incremento foi de 186.071 novas armas registradas na Polícia Federal, número 97,1% maior em relação ao ano anterior. Com informações da Tribuna do Norte.
